O ‘Encontro Mauá com Elas – Além do Clique: A Realidade da Violência de Gênero’ foi realizada na tarde desta quarta-feira (10/12), na Unidade Mauá da Defensoria Pública, com a participação da equipe da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres Dan Prefeitura de Mauá. A atividade reuniu representantes de várias secretarias municipais, Patrulha Maria da Penha, Sindicato dos Metalúrgicos, Conselho Tutelar, Promotoras Legais Populares, Conselhos Tutelares, Unidade Regional de Ensino e a Escola do Parlamento de Mauá. O encontro marcou o encerramento dos 21 Dias de Ativismo Contra a Violência contra as Mulheres.
O secretário de Relações Institucionais, Edilson de Paula, destacou que “estamos na casa que dá suporte às vítimas de violência e estamos unidos na defesa dos direitos e das políticas públicas para as mulheres.” Para a secretária de Políticas Públicas para Mulheres, Cida Maia, “a cidade foi reconhecida na prevenção e combate à violência contra mulheres na XXX Conferência das Mercocidades, pelo desenvolvimento do Sistema Único de Atenção à Mulher de Mauá, o Suamm. Temos uma equipe incansável que cobre toda a cidade levando informação sobre o que é a violência de gênero, em que a mulher é agredida por ser mulher e sobre como é possível sair deste ciclo conquistas uma vida nova.” Em 2025, a Secretaria atendeu mais de 600 mulheres e, atualmente, 192 estão sendo acompanhadas por psicólogas, assistentes sociais e advogadas, com os devidos encaminhamentos em busca de fortalecimento e autonomia, para elas e os filhos.
As defensoras públicas Gisele Durante e Aline Prado abordaram a questão da Violência Digital, detalhando como ocorre, como identificar e como se proteger. “Não é porque é virtual que os danos não são reais”, explicou Gisele. Para ela, a violência digital é silenciosa mas pode destruir reputação e cercear a liberdade e os direitos. “Uma mentira se espalha seis vezes mais rápido que uma verdade”, disse Gisele, citando a pesquisa do Massachusetts Institute of Technology (MIT), sobre internet. Ela destacou que manter certas publicações nas redes sociais interessam às plataformas porque o engajamento gera lucro e monetização, independentemente do prejuízo que gera à vítima de violência digital.
Aline abordou os marcos legais, como a Lei Maria da Penha, Lei Carolina Dieckmann, Marco Civil da internet, Lei Rose Leonel e outras. Ela também detalhou sobre os caminhos para o enfrentamento , por meio de políticas públicas e estratégias. A defensora explicou que as plataformas têm que remover conteúdo íntimo rapidamente; impedir republicações; identificar contas de ódio; criar sistemas mais eficazes de denúncia; diminuir disseminação de deepfakes – que é o uso de imagens feitas com inteligência artificial que se assemelham a pessoas reais; e adotar políticas de tolerância zero a misoginia.
As advogadas Cíntia Ferreira e Erika Peliçari apresentaram “As Consequências e Impactos na Vida das Mulheres”, em que feridas invisíveis e adoecimento são produzidos no ambiente digital, com impacto cumulativo e sem refúgio seguro. “Transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade, depressão e pânico, são exemplos”, disse Cíntia. A ‘humilhação’é usada como controle, a pornografia é usada como vinganças como ameaça e chantagem.







