O uso de máscara no transporte público estadual volta a ser obrigatório a partir deste sábado (26). A decisão foi tomada com base na análise técnica do Conselho Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde para prevenir o avanço dos casos de covid-19. O governo estadual está recomendando que a medida seja adotada por todos os municípios do estado, além de alertar a população para que todos completem o ciclo vacinal, importante para garantir maior proteção contra o coronavírus e amenizar os efeitos do vírus.
Segundo nota do Conselho Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, as internações por covid-19 em leitos de enfermaria e UTI cresceram 156% e 97,5% respectivamente nos últimos 14 dias, chegando a uma média diária de mais de 400 novas internações.
“A velocidade de aumento de internações [5% ao dia para pacientes em UTI e 7% por dia para pacientes em enfermarias] e taxas de ocupação de leitos de UTI [44% no estado de São Paulo e 59% na região metropolitana de São Paulo] é acentuada e começa a pressionar os sistemas de saúde público e privado”, diz nota do conselho.
De acordo com o conselho, apesar do patamar alto na região metropolitana de São Paulo, observa-se aumento também nas regiões do interior e litoral do estado, inclusive com profissionais da saúde sendo afastados do trabalho por serem infectados com a covid-19.
O conselho alerta ainda para a circulação de diversas subvariantes da variante Ômicron, ainda com predominância da subvariante BA.5 e crescimento progressivo de casos relacionados à subvariante BQ1.
“As internações referem-se principalmente a pacientes mais idosos e/ou com comorbidades ou imunodeprimidos, mais vulneráveis a descompensações e complicações relacionadas à infecção pelo Sars-Cov-2, o que permite prever aumento de óbitos nas próximas semanas”, informa o conselho.
Segundo levantamento do conselho, há pelo menos 10 milhões de adultos que não tomaram a primeira dose de reforço e 7 milhões sem a segunda dose de reforço, e há a necessidade de aumentar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes.