O dia 11 de abril foi escolhido pela Organização Mundial de Saúde como a data para celebrar a conscientização contra a Doença de Parkinson. Em número de casos, trata-se da segunda maior patologia degenerativa do sistema nervoso central, com uma estimativa de 4 milhões de pacientes da doença no mundo e cerca de 200 mil deles no Brasil.
Caracterizada pelos tremores com o corpo em estado de repouso, rigidez muscular, instabilidade postural e lentificação dos movimentos, a doença não tem cura, e a expectativa é que o número de casos seja ainda maior nas próximas décadas, por conta do envelhecimento da população.
No entanto, a doença de Parkinson conta com tratamento, que permite qualidade de vida e uma rotina ativa para seus pacientes. Na região do Grande ABC o serviço de referência é o Ambulatório de Distúrbios de Movimento do Centro Universitário FMABC, que atende mais de 250 pacientes da doença.
O serviço é especializado no cuidado aos pacientes de Parkinson há mais de 18 anos, e atende os casos que são encaminhados pelas unidades básicas de saúde da região. Por conta disso, a integração entre os especialistas do ambulatório e os profissionais da atenção primária é considerada fundamental.
No ambulatório da FMABC os pacientes são atendidos por profissionais de diversas áreas, incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas e fonoaudiólogos. Essa abordagem multidisciplinar permite que o caso seja tratado em várias frentes e uma desaceleração da doença.
Apesar das dificuldades trazidas pela Doença de Parkinson, Margarete de Jesus Carvalho, coordenadora do ambulatório de Distúrbios de Movimento, explica que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado costumam trazer efeitos bastante positivos na vida dos pacientes.
“Apesar da doença não ter cura, é possível fazer com que ela não avance tão rápido. Os medicamentos correspondem a cerca de 40% do tratamento. O resto a gente cuida com a abordagem multidisciplinar, que ajuda a determinar os próximos passos no cuidado ao paciente e faz com que ele consiga viver bem, apesar das limitações”, explica a neurologista.