A Secretaria de Saúde de São Caetano do Sul iniciou neste mês de setembro o projeto Cuca Legal, em parceria com a Secretaria de Educação, com o objetivo de minimizar impactos do pós-pandemia. Uma equipe formada por seis psicólogos realiza ações de prevenção e promoção de saúde mental nas escolas de Ensino Fundamental e Médio da rede.
O projeto é dividido em três fases: apresentação a todos os envolvidos da Educação, esclarecendo objetivos e metodologia de trabalho; diagnóstico com levantamento das principais demandas com coordenadores e gestores; e intervenções. Uma vez por semana o grupo se reúne para discussão de diagnósticos e planejamento de ações. “O programa terá um importante impacto para a educação. Sabemos o quanto trabalhadores da educação e crianças sofrem no pós-pandemia. Por isso, a secretaria de Saúde viu a necessidade de fazer um programa para minimizar as consequências da pandemia. O prefeito José Auricchio Júnior teve um olhar macro para o pós-pandemia, que está tratando e amparando não apenas a saúde das pessoas, mas atendendo de forma diferenciada a área social, educação e outros setores”, explicou a secretária de Saúde.
Para a secretária de Educação, esse projeto em parceria com a Saúde é essencial. “Pela escuta ativa desses psicólogos, que acontecerá com gestores e professores das escolas, será possível identificar quais são os desafios, tanto da Saúde quanto da Educação. Dessa forma, poderemos fazer um planejamento conjunto de ações de formação, de acolhimento e de diversificação de soluções para que tenhamos, de fato, um espaço saudável de aprendizagem tanto para professores quanto para estudantes. Por meio da escuta dos educadores, vamos entender quais são as necessidades de trabalho junto às crianças também”, destacou.
O projeto visa à inclusão de psicólogos nas escolas de Ensino Fundamental e Médio devido à necessidade de serviços de apoio nesses locais e das pesquisas que caminham na direção de produzir suportes mais adequados no pós-pandemia.
Levantamento feito pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e Instituto Ayrton Senna, com 642 mil alunos, avaliou que dois a cada três estudantes do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio da rede estadual apresentam sintomas de depressão e ansiedade. “Os impactos também afetaram professores e educadores que precisaram se adequar rapidamente às demandas e dificuldades do ensino à distância. Com o retorno das aulas presenciais, professores se depararam com o cenário de crianças com dificuldades de aprendizado, adoecidas psiquicamente e com dificuldades de socialização, por falta de treino social imposto pelo isolamento”, finalizou a coordenadora da Saúde Mental.