A Prefeitura de São Caetano do Sul, por meio da Secretaria de Saúde, realizou treinamento sobre o manejo de pacientes com agitação psicomotora com as equipes de Saúde Mental.
O treinamento foi realizado pela coordenadora de Saúde Mental do município e presidente do Centro de Estudos em Saúde Mental do ABC, Flávia Ismael.
O objetivo foi aprimorar conhecimentos dos profissionais quanto à atuação em casos de pacientes que apresentem quadro de agitação psicomotora, uma emergência psiquiátrica associada a um estado de tensão, reatividade aumentada a estímulos externos e, por vezes, agressividade verbal ou física. Mais de 80 profissionais que realizam atendimento em diversas unidades da rede foram capacitados.
“São Caetano possui uma rede de atendimento em saúde mental muito bem estruturada. Ao longo dos anos, conseguimos consolidar e ampliar o acesso abrindo várias portas de atendimento com dois CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), atendimento em urgência na rede hospitalar, ambulatório para mulheres em vulnerabilidade, atendimento para crianças tanto no Ctnen (Centro Municipal de Triagem Neonatal e Estimulação Neurossensorial) quanto na USCA (Unidade e Saúde da Criança e do Adolescente), além dos CISEs (Centros Integrados de Saúde e Educação da Terceira idade), Cepadi (Centro de Prevenção e Assistência às Doenças Infecciosas) e com um projeto Cuca Legal, que trabalha em parceria com a Educação na tentativa de auxiliar nos casos de saúde mental dos estudantes”, afirmou a secretária de Saúde, Regina Maura Zetone.
“Ao interagir com um paciente agitado é importante manter distância e respeitar o espaço pessoal deste. Os pacientes podem entender o contato visual direto, prolongado ou intenso como ameaça.
A linguagem e a posição corporal também podem ser consideradas ameaçadoras (por exemplo, manter braços cruzados ou mãos escondidas atrás das costas). Recomenda-se que pacientes agitados não sejam entrevistados por um único profissional”, afirmou Flávia.
Outras recomendações são: minimizar o tempo de espera, adotar atitude confiante, respeitosa e atenciosa e aproximar-se do paciente com cuidado.
“A primeira intervenção terapêutica para o paciente agitado deve ser verbal e baseada em diálogo empático. Saber agir de forma rápida e eficaz nesses casos minimiza danos e protege o paciente, a equipe e o local”, complementou a médica psiquiatra.
A coordenação de saúde mental do município seguirá ofertando treinamentos em saúde mental para todas as equipes.