Janeiro Branco é o mês de conscientização da saúde mental e emocional e a Prefeitura de São Caetano do Sul destaca rede de atendimento em saúde mental bem estruturada, além de parceria inédita, firmada em 2023, com o Instituto ImpulsoGov.
A Prefeitura de São Caetano foi a primeira do País a participar do projeto piloto para implementação de cuidados de Saúde Mental na Atenção Primária, com capacitação de profissionais realizada pela ImpulsoGov.
O ImpusloGov é uma organização sem fins lucrativos, que impulsiona o uso inteligente de dados do SUS e que capacitou profissionais da Atenção Básica para identificar, acolher e ofertar cuidados primários de saúde mental a pessoas com sintomas depressivos leves a moderados.
Com trabalho focado na promoção do bem-estar emocional, a Secretaria de Saúde consolidou ao longo dos anos uma rede de atendimento, com várias portas de acesso que inclui dois CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), pronto-socorro psiquiátrico 24 horas, ambulatório para mulheres em vulnerabilidade, atendimento para crianças – tanto no CTNEN (Centro Municipal de Triagem Neonatal e Estimulação Neurossensorial) quanto na USCA (Unidade de Saúde da Criança e do Adolescente).
A atuação é válida, também, para os CISEs (Centros Integrados de Saúde e Educação da Terceira idade), Cepadi (Centro de Prevenção e Assistência às Doenças Infecciosas) e com o projeto Cuca Legal, que trabalha em parceria com a Educação, para promover a saúde mental nas escolas.
“Ao longo dos anos, nossas ações foram pautadas na ampliação de acesso das pessoas, que estão adoecendo e com sofrimento psíquico, fato que cresceu muito no pós-pandemia. Investimos em capacitação e, em 2023, envolvemos mais de 300 profissionais para equipe de saúde mental, Atenção Primária, Especializada e hospitalar, inclusive com os Agentes Comunitárias de Saúde, que entram nos domicílios e conseguem identificar possíveis sintomas”, explicou a secretária de Saúde, Regina Maura Zetone.
No ano passado, foram mais de 69 mil atendimentos nos dois CAPS e na USCA. “Depois da pandemia, a prevalência que vinha aumentando foi catalisada e cresceu de forma muito rápida. A pandemia trouxe o assunto saúde mental à tona, e as pessoas passaram a procurar mais o serviço. Por isso, é fundamental que médicos e enfermeiros saibam minimamente diagnosticar quadros como ansiedade e depressão, transtornos comuns e de elevada prevalência”, afirmou Flavia Ismael, coordenadora da Saúde Mental de São Caetano.
Para se ter ideia da procura pelo serviço, a Saúde saltou de 29,9 mil atendimentos (2020) para 55,1 mil (2021), para 64,5 mil (2022) e para 69,9 mil (2023).
Impulsogov
A primeira fase do projeto piloto foi realizada em setembro, com a capacitação de um enfermeiro de cada UBS (Unidade Básica de Saúde), três psicólogos do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) e um psicólogo do CAPS Álcool e Drogas para que pudessem identificar, acolher e ofertar cuidados primários de saúde mental a pessoas com sintomas depressivos leves a moderados.
Em outubro, segunda etapa do projeto, os profissionais iniciaram a fase de identificar pessoas com sintomas depressivos leves a moderados no território e passaram a conduzir um ciclo de atendimentos. A última etapa, iniciada em dezembro, seguirá até março. Nesta fase, cada profissional conduz um ciclo de atendimentos com três cidadãos, sob a supervisão semanal de especialistas, que é realizada de forma remota.
Acesso aos serviços
O acesso aos serviços de saúde mental de São Caetano do Sul é aberto e pode ocorrer tanto por encaminhamento quanto por busca espontânea dos munícipes. Os acolhimentos acontecem diariamente nos CAPS e Ambulatório de Saúde Mental Infantil (USCA).
Demandas de urgência e emergência devem ser atendidas pelo pronto socorro municipal e casos com menor demanda de gravidade são acompanhados pelas equipes de atenção básica do município.