“O cidadão geralmente tem uma visão de que a Polícia Militar só atua em ocorrências criminais, mas sempre tem um resgate, um pedido de socorro, até mesmo de uma criança com fome ou de alguma vítima que está sendo roubada”. Foi assim que o cabo Alex Rezende, descreveu sua profissão. Ele foi um dos policiais que resgataram uma mulher de uma passarela em 17 de junho. O fato aconteceu em São Bernardo.
Nesta sexta-feira (5), ele e seu parceiro, o soldado Ramon Dantas, foram homenageados e receberam uma medalha por seus serviços, no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, no centro de São Paulo.
“Usamos o caminhão dos Correios e uma escada para conseguir segurá-la. Dois cidadãos, que estavam naquele momento, seguraram a escada, enquanto meu parceiro foi comandando o fluxo do trânsito. Eles foram como anjos ali”, afirmou Rezende, que está há 19 anos na corporação. “Salvar uma vida não tem preço.”
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, se emocionou com o resgate. “Na nossa escola de formação, ninguém ensina o policial a colocar uma escada em cima de um caminhão e arriscar a sua vida ali para salvar outra. É instinto. É dever com a vida do próximo”, mencionou. “Essa é a vida do policial militar, um dia ele está prendendo um assassino, um ladrão de banco e, no outro, indo ajudar um garoto que estava passando fome e acionou o 190, ou resgatando alguém.”
Além do cabo Rezende e do soldado Dantas, outros 121 policiais receberam, nesta sexta-feira, medalhas de honra pelos serviços prestados à sociedade.
Medalha comemorativa do sesquicentenário da Polícia Militar
O decreto nº 17.822, de 9 de outubro de 1981, instituiu a medalha comemorativa do sesquicentenário da Polícia Militar de São Paulo.
O objetivo é premiar e reconhecer autoridades civis, militares, policiais-militares e instituições que tenham contribuído para o melhor brilho de efeméride ou, de algum modo, prestado relevantes serviços à corporação, sendo outorgada pelo comandante-geral da PM.