Acolher e proteger. Esse é o lema da Patrulha Guardiã Maria da Penha de São Bernardo que, nesta segunda-feira (26), completa três anos. Desde que o destacamento da Guarda Civil Municipal (GCM) foi instituído por lei, em 2021, vem fazendo a diferença na vida de 226 mulheres. Graças ao trabalho, já foram efetuadas as prisões de 59 agressores por violência doméstica, sendo 16 deles por descumprimento de medidas protetivas, além de terem sido realizadas 2.224 visitas de prevenção.
“É um orgulho saber que toda a equipe, de forma assertiva, já colocou tantos agressores atrás das grades. Infelizmente, os números da violência doméstica ainda são altos no Brasil e, por isso, continuamos buscando formas de cuidar dessas mulheres e de toda a família”, observa o prefeito Orlando Morando. O chefe do Executivo recebeu os integrantes da Patrulha Guardiã Maria da Penha no Salão Nobre do Paço Municipal para a entrega das braçadeiras.
A Patrulha Guardiã Maria da Penha nasceu de uma parceria entre a Secretaria de Segurança Urbana de São Bernardo e o Ministério Público de São Paulo. “O trabalho dessa equipe tem sido fundamental, sendo mais um exemplo da transformação que a GCM de São Bernardo tem passado nesses últimos anos. Esses números reforçam o empenho que temos em cuidar da segurança da nossa população. É um programa que precisamos ampliar e não deixar acabar”, ressalta o secretário de Segurança Urbana, coronel Carlos Alberto dos Santos.
A guarnição também conta com dois homens, que reforçam a importância em ter um olhar humanizado às vítimas de violência doméstica. “Costumo falar que sou um homem em desconstrução, porque aprendemos diariamente. É muito gratificante poder fazer parte dessa equipe e, de algum modo, contribuir para que essas mulheres se sintam mais seguras”, declarou o GCM Bardelli.
Outras medidas
Além da Lei Guardiã Maria da Penha, a Prefeitura de São Bernardo promove diversas ações voltadas à proteção das mulheres vítimas de violência. Entre elas, destaque para a sanção, em 2017, de legislação que estabelece multa de R$ 6.548 para quem for flagrado cometendo assédio sexual nos ônibus municipais e em locais públicos da cidade.
A cidade também passou a contar com a 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, a Casa da Mulher (espaço de acolhimento para vítimas) e o Centro de Referência e Apoio à Mulher (CRAM) – Casa Márcia Dangremon, que atua no enfrentamento da violência de gênero e na ruptura da situação de violência doméstica por meio de atendimento psicossocial, orientações e encaminhamentos de forma gratuita e sigilosa.