Até o dia 19 de novembro, o Egito será palco da 27ª Conferência do Clima, a COP 27, da Organização das Nações Unidas. Nela, representantes de mais de 190 países discutirão planos, ações e mecanismos de financiamento para o combate ao aquecimento global.
Chuvas intensas, alagamentos, deslizamentos e períodos prolongados de seca afetam toda a vida no planeta, além de aumentar também o espectro de pessoas vulneráveis a estes riscos. O aquecimento global é acelerado pela alta emissão de gases de efeito estufa, principalmente nos países mais industrializados, o que acarreta no aumento da temperatura global.
O Acordo de Paris, de 2015, estabeleceu um compromisso global para que este aquecimento não ultrapasse 1,5 °C até 2050 e é na COP que estes compromissos são desenhados e ampliados. Este ano, o principal tema será o financiamento das ações de mitigação e combate às mudanças climáticas com o objetivo de fortalecer as ações contra o aquecimento global nos países em desenvolvimento.
Alinhado a esta pauta ambiental, o programa Santo André 500 anos promove o planejamento da cidade até 2053, estabelecendo metas e objetivos locais de combate às mudanças climáticas. Para isso, estudos estão sendo desenvolvidos e servirão como base aos quatro eixos estruturantes do programa: desenvolvimento econômico, desenvolvimento humano, desenvolvimento urbano ambiental e gestão e inovação.
“Entre esses estudos estão a elaboração do Inventário Municipal de Gases de Efeito Estufa, que medirá as emissões realizadas no território municipal, e do Diagnóstico de Cobertura Vegetal”, explica a coordenadora do programa, Ana Paula Lepori. “Também estão sendo elaborados os Indicadores Locais de Sustentabilidade e, em breve, iniciaremos os Indicadores de Saúde Ambiental e o Monitoramento da Qualidade do Ar através de bioindicadores”, destaca.
Além disso, o Santo André 500 Anos conta com um grupo de trabalho composto por técnicos municipais da área ambiental focado no Acordo de Paris, cujo objetivo é definir políticas e ações que neutralizarão o carbono emitido na cidade de Santo André até 2053, ano do quinto centenário. “Para alcançar este desafio, é necessário promover um amplo diálogo com o setor produtivo e uma política de informação e transparência junto à população, anunciando as ações, incentivos e prazos pactuados visando outro modelo de desenvolvimento”, explica Edilene Fazza, integrante do grupo.
Pensar em formas de mitigar e diminuir o impacto das cadeias produtivas no meio ambiente, além de criar diferentes tipos de incentivos de financiamento das transformações desses processos produtivos e promover um novo modelo de consumo baseado no impacto ambiental gerado são algumas das ações que ajudarão a diminuir as emissão de gases de efeito estufa.
“Também existe a necessidade de propor incentivos para a preservação e recuperação de florestas públicas e particulares, bem como promover ideias produtivas a partir do manejo das florestas. Estas ações precisam ser propostas e monitoradas considerando o seu maior grau de impacto na diminuição das emissões de gases de efeito estufa”, afirma Edilene.