No Dia Mundial da Alimentação, celebrado nesta quarta-feira (16), o programa Moeda Verde obteve mais um reconhecimento, em esfera estadual. A iniciativa andreense que troca recicláveis por hortifrútis venceu em 1⁰ lugar o 14º Prêmio Josué de Castro de Combate à Fome e à Desnutrição – Edição 2024.
O concurso foi realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, por meio do Consea (Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável). O evento fez parte da programação da XXIX Semana da Alimentação, que ocorreu nesta semana.
“O nosso Moeda Verde concorreu junto a outras 40 importantes iniciativas de incentivo à segurança alimentar e nutricional de todo o estado. Para nós, é muito honroso receber mais este reconhecimento. Sabemos o quanto o programa melhora a vida da nossa gente”, afirma o prefeito Paulo Serra.
A iniciativa saiu vencedora com nota final de 54,1, na categoria “Programa ou Projeto de Políticas Públicas”. Como recompensa, o município ganhou uma salva de prata. O segundo e o terceiro colocados receberam menção honrosa. Já os demais, certificado de participação.
“É uma alegria muito grande receber mais este reconhecimento, agora neste prêmio do Governo do Estado. Desde a sua criação, o Núcleo de Inovação Social trabalha para desenvolver políticas públicas inovadoras que melhorem a vida dos andreenses. Que possamos seguir sendo inspiração para outros municípios com este e outros programas sociais”, celebra a presidente do Núcleo de Inovação Social e do Fundo Social de Solidariedade de Santo André, Ana Claudia de Fabris.
O programa Moeda Verde foi criado em 13 de novembro de 2017 pela Prefeitura, por meio do Núcleo de Inovação Social e o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).
Atualmente, beneficia, direta e indiretamente, mais de 100 mil pessoas de 27 comunidades de favelas da cidade. A iniciativa recolheu acima de 1,7 mil toneladas de recicláveis, entregando mais de 340 toneladas de alimentos. Além disso, nos cinco pontos de descarte irregular de resíduos que deixaram de existir em comunidades beneficiadas, o Semasa economiza mais de R$ 1 milhão por ano.
O superintendente adjunto da autarquia, Edinilson Ferreira dos Santos, explica que pretende fortalecer ainda mais o Moeda Verde ao ampliar a participação dos agricultores de Santo André. “A produção de alimentos por agricultores urbanos contribui para a redução da emissão gases de efeito estufa e facilita o acesso aos alimentos saudáveis, além de gerar trabalho e renda”, explica.
Nome do prêmio
Josué de Castro, nome da pessoa que dá origem ao concurso, foi médico, pesquisador e sociólogo brasileiro. Ele promoveu estudos e debates sobre a fome em diversos países, tornando-se um importante cientista das questões sociais e nutricionais.
Premiações
Ao longo da sua história, o programa Moeda Verde coleciona diversas conquistas. A iniciativa venceu as premiações InovaCidade 2024, foi eleito o segundo melhor programa do Brasil com o Prêmio RAPS de Inovação e Sustentabilidade e integrou o pacote de ações de sustentabilidade que garantiu o bicampeonato de Santo André no Prêmio Band Cidades Excelentes.
O último reconhecimento foi ser finalista da 12ª Edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social.
O programa tornou-se a principal política pública socioambiental do município de Santo André e inspira municípios em todo o Brasil. Recentemente, o projeto foi aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa de São Paulo.
Com o veto do governador Tarcísio de Freitas, agora a deputada estadual e primeira-dama de Santo André, Ana Carolina Serra, trabalha junto ao Estado para que o projeto seja novamente aprovado e se torne uma política pública estadual.