A Prefeitura de Santo André realizou nesta sexta-feira (12) o lançamento de três ações voltadas ao período mais frio do ano: a Campanha do Agasalho, a Operação Inverno e a Campanha do Agasalho Pet.
O evento, realizado na sede do Fundo Social andreense, contou com a presença do prefeito Paulo Serra, da primeira-dama Ana Carolina Serra, da presidente do Núcleo de Inovação Social, Ana Cláudia de Fabris, do secretário de Meio Ambiente, Fabio Picarelli, e do secretário de Assistência Social, Marcelo Delsir, além de vereadores e outras autoridades.
‘Doar é um ato de amor’ é o lema da Campanha do Agasalho 2023. Com objetivo de arrecadar a maior quantidade possível de peças em bom estado como agasalhos, cobertores, sapatos e outros itens, a ação é realizada em prol de aproximadamente 50 mil pessoas em situação de vulnerabilidade na cidade, que terão acesso aos donativos a partir de 121 entidades assistenciais cadastradas junto ao Fundo Social andreense.
Arrecadação na cidade é permanente
A edição de 2023 já começou com uma doação de 60 mil itens para 30 entidades assistenciais, em evento realizado na sede do Fundo Social de Solidariedade.
Esta quantidade foi arrecadada desde o início do ano junto a moradores e parceiros, tanto nos pontos fixos de donativos como nas ações e nos eventos de aniversário durante o mês de abril.
“A gente tem certeza que isso vai melhorar a vida de tanta gente e às vezes até salvar a vida de pessoas. Tradicionalmente começamos a arrecadação logo no início da campanha, mas neste ano iniciamos com 60 mil peças entregues para quem mais precisa. Então estou muito feliz de começar com essa quantidade muito significativa. O nosso foco é cuidar de pessoas. A gente antecipa o início da campanha sintonizado com o que tem visto de previsão do tempo para o fim de semana, que vai ser mais frio, e daqui para frente essa necessidade vai surgir nas ruas e nas entidades”, destacou o prefeito Paulo Serra.
Foram arrecadados 230 mil itens no ano passado
Somadas as duas últimas edições da Campanha do Agasalho, foram quase 450 mil itens arrecadados e doados, sendo 210 mil em 2021 e 230 mil em 2022.
“Não tem como chegar aqui e não se emocionar com uma cena dessas: o corredor lotado de doações para quem mais precisa. Cuidar da nossa gente é o mais importante e por conta das Lojas Solidárias a gente começa a campanha entregando 60 mil itens, é muita coisa, então quero agradecer a todos os munícipes que nos possibilitaram isso”, afirmou a presidente do Fundo Social de Solidariedade, Ana Cláudia de Fabris.
“Vejam quantas equipes da Prefeitura mobilizadas para cuidar de pessoas e este ano com mais uma inovação, que é a Campanha do Agasalho Pet, para acolher também os animais daquelas pessoas mais vulneráveis. Tenho orgulho de fazer parte dessa equipe que está aqui com um único objetivo: cuidar de Santo André”, pontuou a primeira-dama Ana Carolina Serra.
São pelo menos seis pontos fixos ininterruptos para deixar os donativos, casos das quatro Lojas Solidárias (nos shoppings ABC, Atrium, Grand Plaza e Shoppinho), na sede do Fundo Social de Solidariedade (Craisa) e no Prédio do Executivo do Paço Municipal (Prefeitura). Além disso, existem aproximadamente 150 caixas espalhadas em locais por todo o município – a lista completa destes postos de arrecadação está no site www.santoandre.sp.gov.br.
Campanha do Agasalho Pet é uma das inovações
Não só as pessoas serão contempladas com as ações neste ano, mas também os animais, a partir da Campanha do Agasalho Pet, realizada em parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente e o Fundo Social de Solidariedade.
O objetivo é arrecadar roupas, utensílios, ração e demais produtos para os animais domésticos, cães e gatos. Além dos pontos de arrecadação nos 11 parques públicos urbanos de Santo André, será possível doar durante as edições do programa Moeda Pet, realizadas em cada último sábado do mês no Parque Central.
As doações recebidas serão encaminhadas ao Banco de Rações, que posteriormente destinará às ONGs cadastradas no programa Moeda Pet, protetores independentes e tutores em estado de vulnerabilidade.
“Precisamos de qualquer coisa que sirva para nossos pets, principalmente para tutores que vivem em situação de vulnerabilidade social e não têm condição de viabilizar esses utensílios aos seus animaizinhos. E a gente sabe que as pessoas que vivem em situação de rua têm apego muito grande pelos animais. Conto com a colaboração de todos”, ressaltou o secretário do Meio Ambiente, Fabio Picarelli.
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Operação Inverno também já começou
A Operação Inverno é promovida pela Secretaria de Assistência Social, pelo Fundo Social de Solidariedade e pela Defesa Civil (que integra a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos), e neste ano contará com a parceria do Instituto de Previdência Social de Santo André – que vai fazer a cessão do prédio para abertura do abrigo emergencial.
A ação, que vai até setembro, visa a proteção e acolhimento das pessoas em situação de rua em Santo André por meio das equipes do Centro POP (Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua), que atuam 24h por dia circulando pela cidade, buscando a sensibilização e acolhimento desta população.
O munícipe que se deparar com alguém nessa situação pode entrar em contato 24 horas pelo WhatsApp, por meio dos números 11 93342-4178 e 11 93342-4059, ou pelos contatos do Centro POP, nos números 4427-6207 ou 4432-2182.
Nesta edição serão disponibilizadas 380 vagas em abrigos (130 de pernoite, 150 em regime ininterrupto e, em fase final de implantação, mais 100 emergenciais), número 25% maior do que no ano passado.
“Percebemos retrato da quantidade maior de pessoas que estão nas ruas, seja como moradia ou meio de sobrevivência, então isso faz a gente acender alerta para ampliar o cuidado com essas pessoas”, salientou o secretário de Assistência Social, Marcelo Delsir.
Esta oferta poderá ser ampliada em caso de necessidade, através da utilização de outros espaços públicos. Todos os que aceitam os serviços da Assistência Social recebem atendimento técnico, espaço para banho e higiene pessoal, alimentação, agasalhos e local para pernoite com camas e cobertores.
Apesar da abordagem, muitos não aceitam sair da rua
Para os que não aceitam passar a noite nos albergues, são distribuídos kits com lanche, roupas e cobertores.
Em 2022, foram mais de 2,5 mil peças de roupas distribuídas nos quatro meses da Operação, além de aproximadamente 1,2 mil kits alimentação.
O que chamou atenção, entretanto, foi o grande número de pessoas que recusaram a assistência: 38% dos abordados não aceitaram o acolhimento (o equivalente a 5,7 mil recusas); estas pessoas, inclusive, assinam um termo de recusa, mas a elas são ofertados cobertores (foram distribuídos 900 em 2022) e alimentação seca.
Com tantas negativas, a média de vagas ocupadas nos abrigos foi de 80%, com máxima de 90% nos dias mais frios. Os motivos para as recusas, segundo Marcelo Delsir, são dois principais: não querer deixar o local onde estão com medo de “perdê-lo”, não querer seguir as regras de higiene ou relativas às proibições de entrar com bebida ou drogas, entre outros.
A reportagem do ABC em Off acompanhou o evento.
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