A Prefeitura de Santo André deu início ao processo de mapeamento dos endereços digitais nas casas das comunidades da cidade. O município é o primeiro do Brasil a regulamentar o reconhecimento de endereços digitais como localização oficial.
Nesta primeira etapa, que deve ser finalizada no mês que vem, 7,5 mil residências serão mapeadas e, posteriormente, placas de identificação com o endereço digital serão instaladas em cada casa. Ao todo, cerca de 20,6 mil imóveis serão contemplados.
“Este processo assegura que essas pessoas tenham seus direitos de cidadania garantidos, com acesso aos diversos serviços ofertados pela prefeitura sem precisar pegar um endereço oficial emprestado”, afirma Marília Camargo, secretária adjunta de Planejamento Estratégico e Licenciamento, pasta que coordena a ação em parceria com a Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária e o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).
A medida faz parte da Política Municipal de Identificação de Localidades por Codificação, formalizada por meio de decreto assinado pelo prefeito Paulo Serra em novembro de 2023 e que tem como objetivo principal facilitar o acesso da população que vive nesses locais a diversos serviços públicos como assistência social, saúde, serviços de emergência, educação, praça de atendimento da Prefeitura, vagas de emprego, além da entrega de correspondências e mercadorias. A expectativa é de que aproximadamente 65 mil pessoas devem ser beneficiadas.
“Com esta ação buscamos demonstrar que estamos olhando para toda a população, levando dignidade e acesso a muitos serviços no município. Mais de 20 mil famílias receberão este código e este número só não é maior no município, pois Santo André investe há sete anos nos processos de regularização fundiária das áreas já urbanizadas. É um grande avanço e estou muito feliz em fazer parte deste processo”, explica o secretário de Habitação e Regularização Fundiária, Ivo de Lima.
Além disto, este processo também contribui para diversas questões relacionadas à sustentabilidade no município. “Isso vai permitir ao poder público conhecer melhor os munícipes, pensar novas políticas públicas para estes locais e melhorar as existentes, como a coleta porta a porta, o Moeda Verde, entre outros”, acrescenta o superintendente do Semasa, Ajan Marques de Oliveira.
Na prática, os endereços digitais, também chamados de Plus Codes, são criados utilizando dados de latitude e longitude em uma plataforma Google, que detém a tecnologia. Essas informações são convertidas em um código, que será utilizado como um endereço digital.