O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil prendeu dois homens, em cumprimento a ordens judiciais, suspeitos de envolvimento no roubo de medicamentos de alto custo. As prisões ocorreram em Mauá.
A 5ª fase da Operação Alto Custo teve como objetivo prender os integrantes da quadrilha. As investigações levaram os agentes até os envolvidos no crimes. Um deles, funcionário de um estabelecimento comercial, recebia informações sobre a entrega de medicamentos e repassava à quadrilha, que efetuava os roubos.
O segundo homem é suspeito de orientar o bando sobre quais produtos roubar, dando indicações dos medicamentos de alto custo, usados principalmente para emagrecimento. Após o crime, o acusado recebia e revendia os remédios.
A ação foi desenvolvida por policiais da 5ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Furtos e Roubos a Bancos (Disccpat).
Durante as fases anteriores da operação, centenas de medicamentos foram apreendidos. A Polícia Civil solicitou à Justiça o envio ao estado do Rio Grande do Sul para ajudar as famílias vítimas das enchentes, que atingiram a região em abril.
O caso foi registrado como captura de procurado na 5ª Disccpat. A dupla foi levada à delegacia e permanece à disposição da Justiça.
Outras fases da operação
A primeira fase da operação investigou os criminosos que roubavam farmácias e mantinham os funcionários reféns. Já a segunda mirou os envolvidos no recebimento dos medicamentos roubados. A descoberta foi possível graças a análises por meio de conversas e transações bancárias. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em locais destinados ao armazenamento irregular, levando à responsabilização de pessoas físicas e jurídicas, todas envolvidas direta ou indiretamente com os crimes.
Na terceira fase, os esforços policiais se concentraram em desmantelar o núcleo de ladrões de cargas que atuavam em rodovias do estado de São Paulo, tendo como vítimas motoristas que transportavam os medicamentos. Na quarta fase, os investigadores descobriram a logística do crime, comprovando que os assaltantes recebiam informações privilegiadas sobre as entregas dos medicamentos.