O adestramento de cães é um assunto que divide a comunidade protetora de animais. Até que ponto adestrar não interfere no bem-estar do animal se tornando uma forma de maus-tratos? Casos como os dos cães da raça pittbul que recebem adestramento e se tornam extremamente agressivos levam muitas pessoas a acreditarem que a técnica podem transformar o temperamento de um animal, tornando-o agressivo e perigoso.
A adestradora de cães Elisete Ferreira, em entrevista ao Papo Animal, programa apresentado nas redes sociais do ABC em OFF, falou sobre as diversas formas de adestramento. Adestradora há 13 anos, Elisete explica que a forma mais adequada de adestrar um cão é fazer o treinamento junto com seu tutor.
“Eu não realizo o trabalho sem a presença do tutor. É preciso ensinar o tutor sobre como proceder para ensinar o que se deseja ao seu animal”, explicou a adestradora para a jornalista Andréa Brock, apresentadora do Papo Animal.
Profissão não regulamentada no país, Elisangela explica que a falta de leis traz distorções para os adestradores. “Isso permite que qualquer pessoa sem qualificação possa prestar serviços na área”, lamenta a adestradora.
Em 2020, A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que regulamenta a profissão de adestrador de animais domesticáveis e institui o dia 5 de novembro como dia nacional da categoria.
O Projeto de Lei 5580/20, do deputado Bozzella (PSL-SP), foi aprovado na forma de substitutivo do relator, deputado Daniel Coelho (Cidadania-PE). Para o relator, o adestrador desempenha um papel essencial para assegurar o bem-estar dos animais domésticos e das pessoas que convivem com eles.
O projeto está tramitando na Câmara aguardando designação de Relator(a) na Comissão de Trabalho (CTRAB). As informações são da Agência Câmara de Notícias.
O Papo Animal é transmitido às segunda-feiras, a partir das 15h, nas redes sociais do ABC em OFF. Veja a íntegra do programa.