O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), bateu o martelo e vai indicou seu secretário da Fazenda, Ricardo Torres, para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Município (TCM), órgão que fiscaliza os gastos da Prefeitura de São Paulo.
Nunes tinha como sua preferência a advogada Marcela Arruda, secretária de Gestão, e era pressionado nos bastidores pelo presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), que reivindicava a indicação de seu filho, o deputado estadual Milton Leite Filho (União).
O prefeito não queria indicar o deputado, enquanto o vereador vetava o nome da secretária. A divergência desgastou a relação entre os dois, que são aliados políticos.
Torres foi presidente do PSDB em Santo André e candidato a vice-prefeito da cidade em 2012.
Cadeira está vaga desde 30 de maio
A cadeira no TCM está vaga desde o dia 30 de maio, com a aposentadoria do conselheiro Maurício Faria. Pela lei, Nunes tem 15 dias para indicar o sucessor à Câmara, a quem cabe aprovar o nome em votação no plenário.
Como ele perdeu o prazo, que expirou na última quinta-feira (15), Milton Leite cogitou questionar a prerrogativa do prefeito em fazer a indicação fora do prazo e cogitou nomear diretamente pela Câmara.
Pela regra, o prefeito tem a prerrogativa de indicar dois e a Câmara Municipal, três dos cinco conselheiros do TCM. A sucessão de Maurício Faria, que foi indicado pela ex-prefeita Marta Suplicy em 2022, compete a Ricardo Nunes.
Ricardo Torres tem 39 anos de idade, o que significa que ele pode ocupar o cargo pelos próximos 36 anos — os conselheiros têm mandato vitalício, com aposentadoria compulsória aos 75 anos.
Professor universitário e advogado, o secretário da Fazenda, Ricardo Torres, foi indicado ao TCM na semana passada e deve assumir o posto de conselheiro nesta semana, após passar por sabatina e votação na Câmara Municipal.
Seu salário será o teto do funcionalismo público: R$ 35 mil.
(((Com informações do Portal Metrópoles)))
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