O prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior, criticou o avanço do planejamento do Governo do Estado para privatização da Sabesp e, com números, mostrou que a empresa pública é superavitária e com alto poder de investimento nos municípios. “Não há motivo nenhum para privatizar a Sabesp.”
Em abril, o governador Tarcisio de Freitas assinou decreto autorizando a contratação de estudos para a privatização da Sabesp. O governador também já deu entrevistas sinalizando a intenção de vender o patrimônio público dos paulistas.
Filippi fez levantamento com base nos balanços financeiros da Sabesp para corroborar a tese a favor da manutenção da Sabesp como empresa pública de São Paulo. A Sabesp opera em 375 municípios, com índice de gestão de 98% da água potável entregue às 30 milhões de residências sob gestão da estatal, além de índice de 92% de coleta e 83% de tratamento do esgoto.
Ele também pontuou que, nos últimos dez anos, a Sabesp investiu R$ 41 bilhões em melhorias nas cidades onde opera, além de ter registrado R$ 4 bilhões de lucro em 2022.
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Investimentos da Sabesp representar um terço do que é investido no Brasil inteiro
“Hoje a Sabesp atua em 60% dos municípios do Estado, com altos índices de eficiência na gestão da água e no tratamento e coleta de esgoto, números comparáveis às principais cidades da Europa. Sem falar no volume de investimentos da Sabesp na última década, quantia que representa um terço de todo investimento de saneamento básico no Brasil todo. Os números mostram que não tem razão nenhuma para privatizar a Sabesp”, pontuou o prefeito.
Em seu quarto mandato, Filippi lembrou que, nos anos 1990, a relação com a Sabesp era difícil – tanto que Diadema decidiu municipalizar o serviço de saneamento com a Saned. Agora, ele atesta, a Sabesp desenvolveu um canal de relacionamento que funciona.
“A Sabesp não deve e não precisa ser privatizada. ela precisa receber atenção e melhorar na gestão, seu controle social e seguir no processo de melhora da relação com os municípios. O governador foi eleito para cuidar das instituições, das secretarias e do Estado como um todo. Quando ele fala que a solução é entregar para o privado, é abdicar do papel e da responsabilidade que o povo o delegou. Não se pode tirar um pedaço do Estado e jogar fora”, concluiu.