Um homem de 27 anos, monitorado com tornozeleira eletrônica por violência doméstica, foi preso nesta terça-feira (9), após quebrar o equipamento e fazer ameaças à ex. O flagrante, realizado pela Polícia Militar, aconteceu no Brás, na região central de São Paulo.
O suspeito tinha sido proibido pela Justiça de se aproximar da ex-companheira e estava com a tornozeleira desde 1º de abril. De acordo com o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), ele chegou a ligar algumas vezes para a vítima ameaçando-a de morte.
O sistema de monitoramento da PM indicou a violação do equipamento. Uma equipe da Cabine Lilás, criada para acompanhar os casos de violência doméstica, acionou uma viatura para fazer buscas pelo agressor e entrou em contato com a vítima para orientá-la a sair de casa e procurar um lugar seguro enquanto o homem não era encontrado.
Os PMs foram até o último local onde a tornozeleira tinha sido identificada pelo sistema, mas não conseguiram achar o suspeito. Os policiais foram, então, ao local cadastrado como endereço do agressor, na região central da capital, onde ele foi encontrado.
O agressor foi indiciado por descumprimento de medida protetiva de urgência, violência doméstica e dano contra patrimônio público. O homem foi encaminhado à carceragem do 2º Distrito Policial, onde permaneceu à disposição da Justiça.
A tornozeleira que ele usava foi encontrada em uma rua próxima.
Monitoramento de agressores
Até agora, o sistema de monitoramento por tornozeleira eletrônica da Secretaria da Segurança Pública ajudou a polícia a prender 17 agressores que tentaram se aproximar das vítimas. Ao todo, o programa criado em setembro mantém a vigilância de 170 infratores, sendo 85 por violência doméstica ou familiar.
Os detidos por esses crimes, soltos em audiências de custódia na cidade de São Paulo, podem receber o equipamento a depender do entendimento da Justiça. O programa, que começou pela capital, será expandido ainda neste ano para o todo o estado.
A vigilância dos suspeitos monitorados com tornozeleira é realizada por uma equipe do Copom, na Cabine Lilás, com policiais femininas que foram treinadas para acompanhar os casos ativos e orientar as vítimas. Além disso, as policiais também foram capacitadas para prestar todo o suporte às mulheres que precisarem de informações pelo 190 em situações de violência doméstica ou familiar.