A Mercedes-Benz aumentou em mais um mês o tempo do lay-off que está em curso na fábrica de São Bernardo, onde produz caminhões e chassis de ônibus.
A medida está em vigência desde maio no quadro do segundo turno da unidade e tinha, à época, duração de três meses.
Segundo a montadora, a unidade segue produzindo os veículos em apenas um turno, e a extensão da suspensão dos contratos de trabalho continua sendo uma forma de ajustar a produção à demanda por veículos pesados no mercado brasileiro.
A fábrica de São Bernardo reúne um quadro formado por cerca de 8 mil trabalhadores, 6 mil deles alocados na produção. 1,2 mil deles estão com os contratos suspensos.
Leia mais:
– Metalúrgicos da Mercedes aprovam acordo de layoff para cerca de 1200 trabalhadores em São Bernardo
– Volkswagen suspende fabricação de carros no Brasil
– Metalúrgicos do ABC avaliam que medida de incentivo à indústria automotiva é bem-vinda, mas fazem ressalvas
Mercado encolheu
O mercado de veículos pesados sofreu com a ressaca da mudança da legislação de emissões do Euro 5 para Euro 6, e isso afetou as montadoras. No primeiro semestre, as vendas de caminhões encolheram 12,1% ante as registradas no janeiro-junho de 2022, somando 50,3 mil unidades.
Com isso, não apenas a Mercedes promoveu ajustes nas suas linhas de produção, mas também outras montadoras, como a Scania, também em São Bernardo, e a Volvo, em Curitiba (SP).
A situação também refletiu no desempenho do segmento de implementos rodoviários. Segundo dados da Anfir, a entidade que representa as empresas desse setor, as vendas no primeiro semestre caíram 3%.
(((Com informações do Portal Automotive Business)))
