Elissandra dos Santos mora no Jardim Zaíra 4. Ela tem dois filhos, a mais velha de 20 anos e o Miguel Orlando, de oito, que ficou em casa.
Recentemente, ela conseguiu para o Miguel o Benefício de Prestação Continuada, o BPC, no valor de um salário mínimo, porque ele tem paralisia cerebral.
Este benefício está prescrito na Lei Orgânica da Assistência Social, a LOAS. Ela é acostumada a trabalhar, mas até agora só cuidava do filho.
Elissandra, interessada em ter uma vida melhor para ela e para a família, ouviu atentamente o recado dado pelos responsáveis da atividade “Amor que Alimenta”.
Nesta quinta-feira (17), a ação foi realizada nos períodos da manhã e tarde no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Macuco, no Jardim Zaíra.
“Vocês se lembram do Auxílio Brasil? Foi distribuído até para quem não precisava e essas pessoas foram incluídas no Bolsa Família, na pandemia. Agora, o Governo Federal está fazendo a triagem para que só quem realmente precisa possa receber. Porque o Bolsa Família é um benefício repassado através do imposto pago pelos trabalhadores. Vocês acham certo quem não precisa receber?”, explicou Monica Célia Martins, coordenadora dos CRAS, que são oito em Mauá.
A explicação foi em virtude da distribuição de cestas básicas para quem não está inserido em nenhum programa social mas se encontra em insegurança alimentar.
“Temos muitas coisas boas acontecendo. A reconstrução da cidade é importante, mas o cuidado com as pessoas é prioridade. Para que possam buscar autonomia, estamos oferecendo centenas de vagas em cursos, inclusive com transporte gratuito”, explicou a secretária de Assistência Social e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Fernanda Oliveira.
O programa “Amor que Alimenta” consiste na entrega de cestas e absorventes higiênicos, no caso dentro do programa ‘Dignidade Menstrual’, para mulheres em vulnerabilidade social e econômica; além de barracas com serviços das secretarias de Assistência Social, Trabalho, Renda e Empreendedorismo, Saúde, Educação, Meio Ambiente e Políticas Públicas para Mulheres.
O Fundo Social participou por meio do Varal Solidário, em que os interessados podem escolher peças de roupas, calçados e brinquedos para levar para casa. Os objetos são doados pela população, triados e higienizados. Fernanda Oliveira explicou que o Varal Solidário precisa de mais cobertores, roupas masculinas, meias, entre outros. Sobre os cursos,
No caso da Elissandra, o interesse foi nas formações promovidas na Casa de Cursos, como o de Cuidadora de Idosos, que lhe possibilitaria trabalhar à noite, enquanto seu marido cuidaria do Miguel Orlando.
Ela ficou sabendo que bastava buscar mais informações na barraca bem ali ao seu lado, tanto para se cadastrar para vagas de emprego quanto para saber sobre o curso de seu interesse.