Prevenção, proteção, acolhimento e suporte para a conquista da autonomia e protagonismo são objetivos do Sistema Único de Atenção à Mulher (SPPM), o Suamm, desenvolvido pela Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres da Prefeitura de Mauá.
A iniciativa integra várias secretarias municipais e instituições como Guarda Civil Municipal, Conselho Tutelar, Polícias Civil e Militar, Defensoria Pública, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – Mauá), SESI, sociedade civil, entre outros. O sistema atua na prevenção, acolhimento, proteção e encaminhamento das mulheres para serviços que promovam qualidade de vida e autonomia.
“É muito importante que os homens tenham consciência de seu papel na construção de uma sociedade sem violência contra as mulheres. Em Mauá, temos o compromisso de proteger, acolher e garantir os direitos para que as mulheres possam viver sem violência. Isso é determinante para um futuro de paz na cidade”, afirmou o Prefeito Marcelo Oliveira.
Foi para conhecer de perto tal experiência que a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, esteve na manhã desta quinta-feira (18), em Mauá, onde foi recebida pelo prefeito Marcelo Oliveira, secretárias municipais e adjuntas.
Em seguida, na presidência da Câmara de Vereadores, Márcia Lopes pode conhecer as duas primeiras obras que vão integrar a Galeria Lilás, que vai abrigar retratos de 11 ex-vereadoras do município, pintados pela artista plástica mauaense, Cristiane Carbone.
As obras retratam as ex-vereadoras Cássia Rubinelli e Claudete Porto.
No Teatro Municipal, a ministra era esperada por cerca de 400 pessoas, representantes de movimentos sociais, entidades e sociedade civil.
No evento, as agentes da SPPM desenvolveram uma dinâmica em que declamavam textos sobre a percepção do trabalho na área de prevenção, realizado em escolas, entidades, empresas, comércio e outros locais.
“As equipes abordam pessoas nas escolas, empresas, eventos e em outros locais e falam, entre outras coisas, sobre os vários tipos de violência a que as mulheres estão sujeitas, como a física moral, psicológica, sexual, obstétrica, digital e patrimonial. No entanto, algumas mulheres sequer percebem que são vítimas,” explicou a secretária Cida Maia.
Foram assinados pelo prefeito os termos de parceria com o SESI, para aulas da Educação de Jovens e Adultos on-line para mulheres vítimas de violência, e sobre o Selo Empresa Amiga da Mulher, de reconhecimento de empresas que atuam no combate à violência doméstica.
Em sua fala, a ministra destacou o fato de que a experiência realizada em Mauá pelo Suamm foi aprovada na 5ª Conferência Nacional das Mulheres para ser replicada em âmbito nacional.
“Ainda não sabemos o nome que terá, mas identificamos que o resultado obtido com a integração efetiva dos setores é melhor”, afirmou Márcia Lopes.
Ela também explicou que o feminicídio é o fim da linha, antecedida por um processo de muitas formas de violência.
“O Brasil tem uma cultura de patriarcado e machismo, mas sou uma otimista e acredito que isso é possível reverter”, afirmou a ministra, confiante de que alguns processos sociais precisam ser tratados sem moralismo mas com humanismo.
Márcia Lopes destacou ainda que durante a 30ª Conferência do Clima, realizada em novembro na cidade de Belém, a sociedade foi agraciada ao ser incluído um plano de ação de gênero na política climática global, focando em financiamento, liderança feminina, proteção de defensoras ambientais e soluções sensíveis para a justiça.
“As mulheres são as mais impactadas nos desastres ambientais, porque são a maioria dos chefes de família, principalmente nas periferias.”







