A Prefeitura de Mauá, por meio da secretaria de Saúde, segue em busca de práticas que ampliem a qualidade dos pacientes da rede municipal. Por isso, desde o último mês de agosto, foi iniciado um processo de formação dos servidores para desenvolver maneiras de melhor atender os casos de Transtornos da Dor Crônica. O treinamento tem sido conduzido por profissionais do Centro de Tratamento de Transtornos da Dor Crônica (CTD).
Em 26 de outubro, foi sancionada a Lei Federal que estabelece as diretrizes para o atendimento a pacientes com síndrome de fibromialgia, fadiga crônica, síndrome complexa de dor regional e outras dores crônicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a lei inclui no atendimento integral, o acompanhamento nutricional e o fornecimento das medicações.
Por isso, Mauá se torna uma das pioneiras, ao iniciar essa interação, e o estabelecimento de protocolos com o objetivo de oferecer cada vez mais um tratamento rápido, indolor e eficaz à população.
“Nosso objetivo é criar novas alternativas de receber e atender esses pacientes. Muitos casos de encaminhamentos para o CER, podem ser resolvidos diretamente na UBS, com o acompanhamento de fisioterapeutas e a inserção ao programa de atividades físicas, no caso o Viver Bem. Assim também otimizamos e melhoramos a capacidade de atendimento da equipe multidisciplinar do CER”, explica a secretária de Saúde Célia Bortoletto.
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Problema não é exclusividade dos idosos
O treinamento foi iniciado pelos profissionais do Centro Especializado de Reabilitação (CER) e foi expandido aos demais servidores da Atenção Básica, que começam a realizar os atendimentos aos pacientes que requerem cuidados como a fisioterapia.
Nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Zaíra 1 e Zaíra 2, os atendimentos acontecem uma vez por semana, beneficiando 100 pessoas. No último sábado, uma ação foi realizada na UBS Zaíra 2 entre as 9h e as 14h.
¨Há algumas décadas havia o pensamento de que a incidência da dor crônica era maior na população idosa, mas tal condição tem potencial para se desenvolverem mais rapidamente nas pessoas mais jovens¨ diz o coordenador do projeto CTD, o brasileiro naturalizado japonês Dr. Yujiro Abe que é fisioterapeuta, mestre em Ciências Odontológicas pela USP (Universidade de São Paulo) e doutorando em Neurologia pela Faculdade de Medicina da USP.
Segundo estudos breves na população atendida em Mauá, e apresentados por Abe, as regiões do corpo onde há mais diagnósticos dos transtornos crônicos dessas dores estão a lombar (24%), ombros (23%) e joelhos (18%), mas tende a aumentar de acordo com o avanço dos atendimentos.