O prefeito de São Bernardo, Marcelo Lima (Podemos), declarou apoio à fusão entre o Podemos e o PSDB, aprovada na 17ª Convenção Nacional tucana, realizada na última quinta-feira (5), em Brasília.
Para o chefe do Executivo, a união entre as duas legendas representa um avanço político relevante no cenário nacional e regional — e deve ganhar ainda mais força com a condução da deputada federal Renata Abreu à frente do novo partido.
“Com a fusão entre Podemos e PSDB, será uma uma grande satisfação ver a Renata Abreu à frente do novo partido. É o reconhecimento de uma liderança que tem feito a diferença no Congresso Nacional e na articulação de uma política moderna, equilibrada e próxima da população”, afirmou Marcelo Lima.
Segundo o chefe do Executivo de São Bernardo, a expectativa é de que, com a formalização da fusão, o novo partido se consolide como uma das maiores forças políticas do País.
Além da presença expressiva no Congresso, com 28 deputados federais (15 do Podemos e 13 do PSDB) e sete senadores (quatro podemistas e três tucanos), a legenda também terá protagonismo nas esferas municipais.
“Nosso partido foi um dos que mais cresceu no Brasil nos últimos anos. Hoje, em número de municípios governados, principalmente em São Paulo, temos força consolidada. Na Região Metropolitana, somos o segundo maior em população administrada, atrás apenas do PL. A união com o PSDB, com a liderança da Renata Abreu, tem tudo para render muitos frutos”, projetou o prefeito.
Avanço regional
No Grande ABC, a nova legenda reunirá os prefeitos das duas maiores cidades da região — São Bernardo e Santo André — e formará a maior bancada nas Câmaras Municipais das sete cidades, com 18 vereadores, superando o PL (17) e o PT (16). Com essa configuração, o partido passará a ter representatividade em todos os municípios da região.
Marcelo Lima frisou que outros agentes políticos locais também demonstraram interesse em se somar ao novo projeto. “Já há diálogo em curso com lideranças da região que visam ampliar o número de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores alinhados ao novo partido”, disse.
Ajustes e entraves
Apesar da aprovação pela direção nacional do PSDB, a fusão ainda depende de resolução jurídica relacionada à federação entre PSDB e Cidadania, válida até maio de 2026.
Qualquer dissolução antes deste prazo pode acarretar em penalizações, como perda do fundo partidário e do tempo de TV. A direção dos partidos segue discutindo os termos finais do estatuto da nova sigla e outros pontos sensíveis, como a definição do número eleitoral (20, do Podemos, ou 45, do PSDB).
Mesmo com esse entrave jurídico, o clima entre os dirigentes partidários é de otimismo. Para o prefeito Marcelo Lima, o principal ativo do novo partido é a convergência de ideias e práticas.
“Mais do que uma união de siglas, estamos falando de uma construção baseada em boas gestões, compromisso com a população e espírito democrático. A liderança da Renata Abreu nesse processo é um sinal de que esse novo partido nascerá forte e com propósito”, concluiu.