Uma nova manifestação tomou conta das ruas de Diadema neste sábado (18), quando moradores e lideranças da comunidade Vila Nova Conquista, no Bairro Piraporinha, juntamente com Taka Yamauchi, se concentram às dez horas em frente à Unidade Básica de Saúde Nova Conquista, para protestar contra a taxa de lixo aprovada por 15 vereadores da cidade.
O movimento, agora em seu quarto ato, segue com um abaixo-assinado contra a taxa, com mais de 35 mil assinaturas até o momento desta publicação. Taka descreve a conduta de quem apoiou a taxa como uma decisão arbitrária da gestão atual e explica como isso afeta a população no dia a dia.
“Vemos vários negócios sendo prejudicados por essa taxa abusiva na conta de água. Para a dona de casa, isso é ainda mais criterioso, pois a taxa é cobrada até mesmo quando ela lava roupa ou cozinha”, comenta.
O comerciante local José Cândido, dono de um bar na rua que deu início a manifestação, expressou preocupação com a queda no faturamento, atribuindo-a ao menor poder de compra dos clientes, que agora têm mais essa tributação para pagar. Além de também aumentar os custos para manter o próprio negócio.
A prefeitura, por sua vez, justifica a cobrança como uma medida para reduzir a inadimplência, ampliar investimentos, promover justiça tributária e facilitar o pagamento por parte do contribuinte.
No entanto, para muitos moradores, isso tem gerado mais preocupação e dívidas. Antonia Aparecida, moradora de Diadema, é formada em recursos humanos mas atualmente está desempregada, e ressalta que a cobrança tem gerado impactos financeiros: “Como estou desempregada, qualquer taxa a mais afeta o orçamento”.
A polêmica taxa do lixo refere-se à coleta e destinação final de resíduos sólidos, e começou a ser cobrada junto à conta de água em abril deste ano. O debate entre a população e a prefeitura promete continuar, uma vez que os manifestantes buscam reverter a cobrança, alegando que ela prejudica especialmente as mais vulneráveis economicamente.
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