Neste mês de setembro, o projeto Índice de Poluentes Hídricos (IPH) da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) completa 20 anos. O projeto teve início com estudos na região do ABC e hoje analisa os principais rios e reservatórios do estado de São Paulo, além de Mariana (rio Doce) e Brumadinho (rio Paraopeba), ambos em MG – em parceria com o projeto SOS Mata Atlântica, após a ruptura das barragens nos dois locais.
O IPH/USCS é coordenado pela docente e bióloga, Profª. Marta Angela Marcondes. “As ações do IPH vão ao encontro dos objetivos da USCS, de levar informações que proporcionem a prevenção de doenças na população, além de dados às autoridades que possam subsidiar políticas públicas de saneamento ambiental, buscando a universalização do saneamento. As atividades coordenadas pela professora Marta ajudam a aproximar ainda mais a USCS dessas comunidades locais. É um exemplo claro do papel da instituição junto à sociedade, oferecer algo que tem impacto direto em suas vidas”, reforça o reitor da USCS, Leandro Prearo.
As coletas são feitas por docentes e estudantes da USCS, mensalmente, semestralmente ou ainda anualmente, dependendo do rio estudado. Os materiais coletados são analisados no Laboratório de Análise Ambiental da Universidade, localizado no campus Centro (Rua Santo Antônio, 50, Centro, SCS).
Além da equipe da Universidade nas coletas, desde 2010, o IPH conta com a parceria do pesquisador especialista em recursos hídricos, Dan Robson Dias. O Projeto também possibilita a atuação de estudantes, tanto do ensino médio, quanto de graduação e pós-graduação, nos programas de iniciação científica da USCS.
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“Além das análises, também produzimos pesquisas e publicações em importantes revistas técnicas. Porém o maior foco do nosso trabalho está em trazer informações para que as pessoas possam conhecer melhor a qualidade daquele corpo d’agua que está próximo de onde mora e como isso pode afetar a sua saúde”, reforça a Coordenadora do projeto, Profª. Marta Angela Marcondes.
Atualmente, o projeto estuda os seguintes corpos hídricos: Pinheiros, Tietê, Tamanduateí, Ribeirão dos Meninos, Ribeirão dos Couros, Ribeirão do Soldado, Mogi Mirim, reservatório Billings e reservatório Guarapiranga, sendo o mais antigo o rio Tamanduateí (desde 2003) e o mais atual o rio Pinheiros (desde 2019).
O observatório também atende a demandas específicas para projetos da comunidade, como é o caso do Rio Alzira Franco. Além dos estudos das amostras de água, o IPH, juntamente com as ligas acadêmicas dos cursos de saúde da USCS, realiza análises nas comunidades no entorno desses locais para verificar o impacto da qualidade da água na saúde dessas pessoas.
Durante a pandemia, além de seguir com os estudos que já vinham realizando, em parceria com a Universidade Federal do ABC, analisou amostras para detecção de covid-19 na água. Os reservatórios estudados foram Billings e Guarapiranga.
Os objetivos do IPH estão alinhados com o ODS 6 (Água potável e Saneamento): Disponibilizar informações sobre a qualidade das águas e principalmente sobre os riscos que pode oferecer à saúde quando contaminadas, além de instrumentalizar a sociedade civil com dados para as discussões sobre a efetividade das políticas públicas de Saneamento.
No dia 5/9, durante o evento de lançamento do Centro Inova USCS para o Desenvolvimento Regional, a docente recebeu uma homenagem pelos seus 20 anos à frente do projeto, representando também alunos e professores que já passaram pelos estudos.
“Fico muito lisonjeada pela homenagem e gostaria de agradecer por todo o apoio que a universidade dá ao projeto e a todos os parceiros que temos, pois, sem eles, não chegaríamos tão longe”, reforçou Marta. O IPH/USCS será o primeiro laboratório a ter estudos desenvolvidos por meio do projeto Inova USCS.