Indústrias do setor plástico e outras que consomem seus produtos – como a de construção civil (em tubos e conexões) – se uniram contra o pedido de aumento da alíquota de importação de 76 produtos, incluindo resinas como polietileno, polipropileno e PVC, feito pelo setor químico e petroquímico.
O pleito já foi levado à Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) pela Associação Brasileira da
Indústria Química (Abiquim) e a lista ficará em consulta pública até 25 de abril. Caso avance, resultará em elevação da alíquota de 12,6% para 20% na Lista de Exceções da Tarifa Externa Comum (Letec) para esse conjunto de produtos.
As importações são essenciais na competição com a resina produzida no Brasil, que é
concentrada praticamente em uma indústria produtora. Além de comprometer a
competitividade de uma série de indústrias, a elevação da alíquota vai aumentar o custo
de uma lista ampla de insumos, já que o plástico é utilizado como matéria-prima em
diversos setores.
Marcio Grazino, diretor da Maximu’s Embalagens Especiais – indústria de embalagens plásticas de proteção instalada em Ribeirão Pires (SP) e com filial em Varginha (MG), já vem sentindo os impactos desse possível aumento. “Já tivemos reajuste de matéria-prima em março e, essas alíquotas mudando, já existe espaço para novos reajustes, ou seja, isso vai trazer um impacto direto para a indústria do plástico e derivados”, disse.
“Uma das situações que serviam como uma base reguladora era justamente ter uma competitividade internacional de matéria-prima, porque no Brasil, o mercado hoje é dominado por uma única empresa. Agora, subindo a alíquota novamente, vai aumentar muito a resina aqui”, conclui.