O Centro Universitário FMABC organizou nesta terça-feira (2) um treinamento especial sobre a Doença de Parkinson para mais de 100 profissionais das Unidades Básicas de Saúde do município de Santo André. A aula faz parte de uma série de atividades programadas para o mês de abril, período definido pelo Ministério da Saúde para conscientização sobre o tema.
O treinamento foi liderado pela neurologista e coordenadora do Ambulatório de Distúrbios do Movimento do Centro Universitário FMABC, Margarete de Jesus Carvalho, e destinado tanto a médicos como profissionais das equipes multidisciplinares das unidades de atenção primária, destacando a importância de uma abordagem em várias frentes para permitir o diagnóstico que o tratamento adequado.
A FMABC conta com ambulatório especializado na Doença de Parkinson há mais de 18 anos. Estima-se que o serviço conte atualmente com cerca de 250 pacientes, que são encaminhados pelas unidades básicas de saúde da região. Por conta disso, a integração entre os especialistas do ambulatório e os profissionais da atenção primária é considerada fundamental.
Durante a aula foi explicado o histórico da Doença de Parkinson e os principais sinais que os profissionais que atuam no sistema de saúde devem notar para aumentar as chances de um diagnóstico nas fases iniciais do distúrbio.
Existem 4 sintomas considerados principais para identificar a doença, incluindo tremor em repouso, rigidez muscular, instabilidade postural e a bradicinesia (lentificação dos movimentos). Um paciente que apresenta bradicinesia e mais um desses três sinais tem alta probabilidade de Doença de Parkinson.
A palestra também focou nos possíveis diferenciais de parkisonismo, como os traumas em repetição na cabeça, algo típico em lutadores. A médica também explicou alguns efeitos que a doença pode causar na vida dos pacientes, como a dificuldade para dormir, falar e engolir alimentos.
Apesar das dificuldades trazidas pela Doença de Parkinson, a doutora Margarete explica que com o tratamento adequado é possível ter um bom nível de qualidade de vida. “Nosso ambulatório tem uma equipe que conta com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e terapeutas ocupacionais. É uma abordagem multidisciplinar, que combinada com o tratamento medicamentoso permite que o paciente se mantenha ativo e tenha uma boa qualidade de vida”, explica.