Quem passa pela Avenida dos Estados, na região do bairro Santa Teresinha, em Santo André, já deve ter avistado algumas capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) no local. Este animal é um mamífero semiaquático e seu habitat natural são os corpos d’água, margens de rios e lagos, além de áreas alagáveis e proximidades de represas.
A partir desta semana terá início em Santo André um estudo de levantamento populacional dos grupos de capivaras e uma pesquisa acarológica para identificação dos carrapatos, para posterior classificação caso se verifique a presença da febre maculosa. O levantamento será realizado por equipe especializada, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e a Secretaria de Saúde.
Em Santo André, as famílias de capivaras ao longo do Rio Tamanduateí e de seus afluentes estão adaptadas neste ambiente. Em alguns bandos é possível encontrar filhotes. O resgate destes animais silvestres é realizado apenas quando eles estão fora de seu habitat natural, machucados ou com risco de morte.
Há sempre o cuidado de realizar o manejo de capivaras apenas em situações extremas, já que o animal pode ser transmissor de febre maculosa, que é altamente letal ao ser humano.
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Moradores podem informar sobre necessidade de resgate
“Sempre recebemos demandas de pessoas que moram nesta região, preocupadas com as capivaras e também com a possibilidade de acidentes na avenida. Contratamos esta equipe que vai avaliar a melhor forma de lidar e cuidar destes animais”, afirma o prefeito Paulo Serra
.Outra preocupação é evitar acidentes na Avenida dos Estados, já que os animais transitam pela região. Em uma primeira ação, alguns espaços ao longo do rio foram fechados, na tentativa de inibir a movimentação das capivaras. A ação, no entanto, não foi suficiente, e neste estudo serão apresentadas alternativas para a conter os bichos para que vivam em seu habitat, sem o risco de ir para as vias.
“Temos uma nova situação na cidade, que é a questão das capivaras. Esses animais encontram condições adequadas para viver e procriar, o que de certa forma é positivo porque é o habitat deles. Por outro lado, temos que nos preocupar com a saúde das pessoas e a proteção dos bichos, que correm o risco de serem atropelados. O estudo vai possibilitar melhores ações para lidar com as capivaras”, afirma o secretário de Meio Ambiente, Fabio Picarelli.
Nos casos em que seja necessário realizar resgate, o munícipe pode entrar em contato com o Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal pelo telefone 4433-1958, que funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h.
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