Estudantes da ETEC (Escola Técnica Estadual) Professora Maria Cristina Medeiros, que fica em Ribeirão Pires, conseguiram o segundo lugar na 15ª edição da Feteps (Feira Tecnológica do Centro Paula Souza), com jogo interativo que foi feito pelas alunas da instituição. Ao todo, 112 projetos foram avaliados e o JumpAI, game elaborado por Ana Laura Ribeiro, Giovana Rocha e Thifany Garcia obteve lugar de destaque.
O jogo elaborado pelas três estudantes utiliza a visão computacional, ferramenta de IA (Inteligência Artificial) em que o usuário consegue controlar as ações do personagem por meio do movimento ocular. Além das alunas, os professores de informática Anderson Vanin e Cintia Pinho orientam o projeto.
“Conseguirmos este destaque foi algo muito emocionante. A gente acabou chorando, nos abraçamos. Foi muito bom ver o projeto ganhar, porque significa que a gente está indo no caminho certo e que este é apenas o início. O reconhecimento significa que o projeto está funcionando e está alcançando o propósito que a gente queria, que era resolver, de fato, a for de alguém”, declarou Giovana Rocha, moradora do Centro Alto da Estância.
Segundo Giovana, a ideia do jogo surgiu após o relato da mãe de Gianlucca Trevellin para a professora Cintia. O garoto chorava por ver outras crianças jogando videogames, ação que ele não consegue fazer. Trevellin foi diagnosticado com AME (Atrofia Muscular Espinhal) e tem baixa mobilidade.
“Foi a partir desse relato, da mãe com a nossa orientadora que passamos a buscar alguma solução e parece que conseguimos. Então, para Ribeirão Pires é importante, pois vai incentivar outros jovens a buscar soluções para estes problemas também. Achamos que vamos incentivar muita gente, acho que esse é nosso propósito”, disse Giovana, visivelmente emocionada.
Para seguir nas pesquisas, as estudantes da ETEC pedem auxílio financeiro para todos que se interessaram na conquista. “Gostaríamos de convidar os empresários de Ribeirão para no ajudar financeiramente. Esse mês vamos participar de mais uma feira e a gente precisa de patrocinadores para nos ajudar com estadia, alimentação, por exemplo”, informou a aluna.