O número de alunos matriculados no ensino técnico da rede estadual de São Paulo deve aumentar de quase 72 mil neste ano, para 170 mil em 2025. A previsão é da Secretaria da Educação do Estado.
A pasta prevê ampliar de 1.393 para 1.911 escolas estaduais que oferecem o ensino profissionalizante, citado por especialistas como etapa importante para impulsionar a entrada dos estudantes no mercado de trabalho.
As 170 mil matrículas previstas para o próximo ano letivo contemplam os estudantes que estarão na 2ª e 3ª série do Ensino Médio, período dedicado aos aprofundamentos previstos no Novo Ensino Médio.
Para o ano que vem, serão oferecidos os nove cursos da grade da Educação, que inclui administração, agronegócio, ciência de dados, desenvolvimento de sistemas, enfermagem, farmácia, hospedagem, logística e vendas, além das turmas com aulas nos centros do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e no Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).
A Secretaria da Educação ampliará, ainda, o número de cidades que terão a oferta de ensino técnico na rede — das atuais 349 para uma perspectiva de estar em 463 municípios, um aumento de 32,6%. Em 2022, o técnico era oferecido a alunos de 161 cidades paulistas.
“Um relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) publicado no ano passado aponta que a educação profissional é essencial para o desenvolvimento do Brasil. Aqui em São Paulo, estamos caminhando para oferecer ao estado e ao país estudantes formados em áreas importantes para o desenvolvimento econômico e valorização desses mesmos alunos”, afirma o secretário da Educação, Renato Feder.
O coordenador pedagógico da Educação, Daniel Barros, explica que além da educação profissionalizante ser um diferencial para o aluno no mercado de trabalho, estudos apontam também impactos positivos no rendimento escolar desse estudante: “Os alunos que fazem o ensino técnico têm quatro, cinco pontos percentuais a mais de frequência escolar. Então, esses alunos vão mais para a escola, eles são mais frequentes, mais motivados e têm um desempenho melhor nas avaliações padronizadas da Secretaria da Educação, as avaliações da Prova Paulista, que são bimestrais”.
Nas escolas estaduais, as aulas são ministradas por professores contratados pela Seduc-SP e em alguns casos por professores do Centro Paula Souza.