A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo anunciou o afastamento imediato de 13 policiais militares envolvidos na ocorrência em que um homem foi jogado por um PM de cima de uma ponte na Vila Clara, Zona Sul de São Paulo.
Em nota, a instituição informou que repudia veementemente a conduta ilegal e instaurou um inquérito para apurar os fatos e responsabilizar todos os agentes. A Polícia Militar acrescentou que reitera seu compromisso com a legalidade e não tolera desvios de conduta.
De acordo com os relatos, o homem estava fugindo da polícia de moto e acabou caindo no chão próximo à ponte, por volta das 23h do último domingo (01).
Comerciantes disseram que os agentes voltaram para seus postos por mais algumas horas e por volta da uma da madrugada de segunda (02) encerraram a festa com bombas de efeito moral. Esses mesmos policiais, de acordo com um morador, já haviam agredido outro frequentador do baile horas antes dessa ocorrência.
Repercussão
O governador de São Paulo divulgou uma nota repudiando esse caso. Numa rede social, ele também comentou a execução por um PM à paisana de um homem que furtou embalagens de sabão de um supermercado, na Zona Sul de São Paulo.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, também se pronunciou sobre os dois casos.
O secretário também disse que os policiais serão punidos: “Pelos bons policiais que não devem carregar fardo de irresponsabilidade de alguns, haverá severa punição”. A PM já anunciou o afastamento do policial que executou o homem que cometeu o furto de sabão.
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, determinou a atuação do Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp) na investigação do policial militar que jogou o homem da ponte.
Em nota divulgada nesta terça (03), ele afirmou que o Ministério Público vai aplicar todos os esforços para punir exemplarmente os responsáveis pela intervenção policial, que, segundo o procurador, “está muito longe de tranquilizar a população”.