A atuação crítica do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, e de sua esposa e deputada estadual, Carla Morando, para que a Enel, concessionária de energia elétrica que atua em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, seja responsabilizada pelos graves crimes cometidos contra a sociedade culminou na demissão do presidente nacional da companhia, Nicola Cotugno.
O casal tem feito duras críticas e no pedido de providências junto aos órgãos competentes para que os consumidores sejam ressarcidos de seus prejuízos após os recentes apagões que perduraram por mais de 72 horas e deixaram mais de 1,5 milhão de pessoas sem luz.
Relatora de CPI em curso na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para apurar possíveis irregularidades e práticas abusivas cometidas pela Enel na prestação de serviços de fornecimento de energia elétrica na região metropolitana, a deputada Carla Morando alerta que Nicola Cotugno não será isentado de todos os danos causados à população enquanto presidiu a Enel.
“Estou enviando à Justiça pedido para que o passaporte dele e todos os bens sejam bloqueado e evitar que ele fuja do País”, ressalta.
“Minha insatisfação com essa empresa é antiga, mas não me dou por satisfeito. A Enel não pode achar que substituir o presidente resolve o problema dos consumidores. Só vou acreditar que os serviços de energia elétrica em São Paulo vão melhorar quando a Enel for substituída. Tive a oportunidade de dizer ao presidente estadual da companhia durante oitiva da CPI que considero a empresa um lixo e reafirmo meu posicionamento”, destaca o prefeito Orlando Morando.
O chefe do Executivo de São Bernardo destacou, ainda, que já havia entrado com representação no MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) contra a Enel, em junho de 2022, devido ao mau serviço prestado pela concessionária no município.
Entre as denúncias listadas na ação, destaque para ausência do serviço de deseletrificação em redes próximas a copas de árvores (necessário para realização de serviços básicos de zeladoria), quedas constantes de energia e demora no restabelecimento do fornecimento. Além disso, lembrou que a concessionária é campeã de reclamações no Procon da cidade.