A Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres de Diadema vai lançar, nesta sexta-feira (26), durante ato solene realizado às 16 horas na Câmara Municipal, o Memorial das Vítimas de Feminicídio em Diadema – Fernanda Gomes.
O memorial leva o nome de uma jovem diademense que foi vítima desse crime em março de 2023, aos 19 anos. A homenagem atende a um pedido da família, que buscou junto ao legislativo da cidade uma forma de não deixar a memória da filha se apagar.
O Memorial Fernanda Gomes se inspira em iniciativa similar do Laboratório de Estudos de Feminicídios (LESFEM) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que acompanha e analisa os casos de feminicídio em Londrina, no Paraná e no Brasil. Em Diadema, a ideia é que o memorial narre de maneira breve a história das mulheres que moravam na cidade.
“A violência contra a mulher é uma realidade e é preciso que toda a sociedade se una contra ela”, aponta a coordenadora de Políticas para Mulheres de Diadema, Sheila Onorio. “Vamos lançar o Memorial Fernanda Gomes com a esperança de que não tenhamos mais nenhuma história para contar, mas também a tristeza de saber que ela não foi e nem será a última. A gente espera que essa ação ajude a conscientizar as pessoas sobre a necessidade de todos sermos contra a violência que atinge as mulheres”, finalizou.
A diarista Sebastiana Gomes de Andrade, 55 anos, mãe de Fernanda Gomes, falou sobre a emoção de ver a filha ser homenageada. “A gente está muito contente com isso que está sendo feito”, afirmou. “É um alento saber que a história dela não vai ser esquecida. Eu nunca a esqueci, nem por um segundo”, completou.
O Memorial das Vítimas de Feminicídio em Diadema – Fernanda Gomes entra no ar na data do seu lançamento e e estará hospedada na página da Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres, dentro do site da Prefeitura de Diadema. Outras pessoas poderão enviar, por meio de link na página, as histórias de mulheres que desejem homenagear. “É um gesto simbólico, uma forma de dizer para a sociedade que nenhuma mulher será esquecida”, concluiu Sheila.