Mais uma reunião da CPI da Enel na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) aconteceu nesta quinta-feira (16), e teve a oitiva do diretor-presidente da empresa no Brasil, Nicola Cotugno.
Na sessão, que durou seis horas, a relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito, deputada estadual Carla Morando, cobrou da empresa planejamento para evitar apagões em eventos climáticos extremos e o ressarcimento de prejuízos aos usuários que tiveram perdas no apagão do último dia 3 e em outros casos de falta de energia.
O trabalho é por mais investimentos em mão de obra qualificada para garantir uma melhor manutenção dos equipamentos e ter uma data e valores exatos para realizar os ressarcimentos dos clientes prejudicados pelas recentes quedas de energia. “Vocês precisam ter empatia com a pessoa que não tem condição de arcar com prejuízos como a perda de alimentos e se colocarem no lugar da população que ficou sem energia”, disse a relatora.
A deputada sugeriu à direção da empresa que “colocasse a mão no bolso” para ressarcir os clientes prejudicados e questionou o presidente da Enel se faltou energia em sua própria casa. Cotugno respondeu que não teve problemas na ocasião. “Então, o senhor não sofreu na pele o problema”, rebateu Carla Morando.
O presidente da Enel Brasil foi cobrado a apresentar um plano até o dia 28, quando haverá nova reunião com a participação de representantes da Enel, na Alesp. Ser mais eficaz na forma de comunicação – principalmente com as prefeituras atendidas – e ampliar a capacidade e agilidade de atendimento nos momentos mais críticos são as principais necessidades que o plano da Enel precisa resolver.
O presidente também foi questionado a respeito das ações da empresa para enfrentar novo evento climático adverso. A preocupação é com a previsão meteorológica para o próximo final de semana em diversas regiões do Estado. A Defesa Civil emitiu um alerta sobre possíveis temporais e fortes rajadas de vento – podendo chegar a 100 km/h – entre sexta-feira (17) e domingo (19).