Camilópolis é o primeiro Bairro Inteligente de Santo André. A área de quase 1,4 km² e aproximadamente 20 mil habitantes localizada no segundo subdistrito andreense vai receber o modelo que servirá de referência para os 112 bairros da cidade, a partir de série de tecnologias integradas que pretende torná-lo mais conectado, seguro, eficiente e preparado para ações preventivas e tomadas de decisão em tempo real.
“O que é um bairro inteligente? É um bairro que traz todos os conceitos Smart Cities (cidades inteligentes). A gente quer justamente transformar Santo André em uma cidade cada vez mais inteligente. Agora iniciamos a implantação de um bairro inteligente para as pessoas também conseguirem identificar e utilizar esses serviços, preparando a cidade para o futuro”, explicou o prefeito Gilvan Junior durante evento de apresentação do projeto.
“E a ideia é que, até o fim do mandato, Santo André seja 100% uma smart city, levando esses conceitos para a cidade inteira”, emendou.
O ponto central do monitoramento do bairro será a recém-reformada Praça São Camilo, em frente à Paróquia São Francisco de Léllis, onde sensores multifuncionais irão realizar a coleta de dados como a qualidade do ar, a temperatura, a umidade, a luminosidade, a emissão de CO₂, a radiação solar, o volume de chuva (por meio do fluviômetro), os níveis das bocas de lobo inteligentes, o ponto de orvalho, o nível de ruído (através do decibelímetro), entre outros.
O distrito ainda vai contar com wi-fi gratuito à população em pontos estratégicos, contar com semáforos inteligentes, otimizando a fluidez do tráfego, terá interligação dos equipamentos públicos via rede de fibra óptica, além de contar com monitoramento em tempo real através de câmeras instaladas pelas vias e em prédios públicos (como escolas, creches e unidades de saúde).
Inclusive, justamente por meio das imagens dessas câmeras será possível identificar veículos roubados ou furtados e está em negociação com o Estado a disponibilidade do banco de dados par a identificação também de pessoas procuradas pela polícia e/ou Justiça.
“Hoje a gente já consegue identificar as placas dos veículos e estamos negociando com o Governo do Estado de São Paulo os cadastros do reconhecimento facial”, explicou o chefe do Executivo andreense.
Todas informações captadas são automaticamente enviadas ao COI (Centro de Operações Integradas) – a rede LoRa viabiliza a comunicação de longa distância entre os sensores de IoT (Internet das Coisas) – e a partir delas equipes conseguem embasar e coordenar decisões rápidas e ações preventivas, como avisos à população, ajustes na iluminação pública, resposta a emergências ou planejamento de serviços urbanos, com foco na qualidade de vida, mobilidade e segurança dos munícipes.
“A intenção é fazer a integração em diversos dispositivos de conexão. A gente já tem conectividade em vários bairros, mas o que estava faltando era essa integração e tratar de forma muito específica aquele bairro”, explicou o secretário de Inovação e Tecnologia, Diego Cabral.
“Todos esses compostos fazem com que a gente seja mais assertivo e trate o cidadão naquele bairro de uma forma ainda mais individual. É um projeto piloto e tudo isso vai ser testado aqui para que a gente possa levar com segurança e responsabilidade para toda a cidade”, continuou o titular da pasta tecnológica.
Acesso ao público
Os andreenses terão acesso aos dados por meio de um site, o qual será divulgado em breve à população por meio de flyers e placas com um QR Code direcionando ao endereço eletrônico. Neste portal, outras informações estarão disponíveis, como os dados do SIGA (Sistema de Informações Geográficas Andreense), as condições do trânsito (por meio de parceria com o Waze) entre outras.
“O município tem acesso aos dados e dessa maneira a Prefeitura começa a dar transparência a esses dados, fazendo com que o munícipe também tenha acesso à informação e consiga até ajudar e colaborar com a Prefeitura para que cada vez mais a gente avance nesse conceitos de dados inteligentes”, finalizou o prefeito Gilvan.