Nesta quinta-feira (4), o Banco Central divulgou que a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito atingiu 435% ao ano em novembro de 2023. Embora ainda elevada, essa cifra representa uma redução em relação ao mês anterior, outubro, quando os consumidores enfrentavam taxas de juros de 445% ao ano.
Em decorrência da regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN) no final de dezembro de 2023, foi estabelecida uma norma que restringe os juros do rotativo do cartão de crédito e da fatura parcelada a um máximo de 100% do valor da dívida. A medida entrou em vigor nesta quarta-feira (3).
A taxa de inadimplência total diminuiu 0,1 p.p. em novembro, atingindo 3,4%, segundo o BC. Já a inadimplência do crédito às pessoas jurídicas aumentou 0,1 p.p., enquanto a de pessoas físicas recuou 0,1 p.p., situando-se, na ordem, em 2,9% e 3,8%.
No crédito livre, a inadimplência também diminuiu 0,1 p.p., situando-se em 4,8%, refletindo, principalmente, a redução de 0,2 p.p. no crédito livre às famílias, que alcançou 5,7%. No crédito livre às empresas, a inadimplência aumentou 0,1 p.p., atingindo 3,6% em novembro.
O volume de crédito no SFN registrou um acréscimo de 0,9% em novembro, atingindo a marca de R$ 5,7 trilhões. O BC destaca que esse aumento foi impulsionado por um crescimento de 0,8% na carteira de crédito voltada para empresas, totalizando R$ 2,2 trilhões, e um aumento de 0,9% no crédito destinado às famílias, alcançando um montante total de R$ 3,4 trilhões.
No período de doze meses encerrado, o volume de crédito manteve sua tendência de desaceleração, apresentando um aumento de 7,1%, comparado a 7,5% no acumulado até outubro de 2024.
Na mesma comparação, os empréstimos destinados a pessoas jurídicas e físicas registraram uma expansão moderada, com crescimentos de 3,9% e 9,2%, respectivamente, em comparação com as taxas de 4,2% e 9,8% observadas no mês anterior.
Ainda segundo os dados do BC, o endividamento das famílias atingiu 47,6% em outubro, marcando o nível mais baixo desde setembro de 2021, quando registrou 47,5%. Houve uma redução de 0,1 p.p. em comparação com o mês anterior e de 2,1 p.p. em relação a outubro de 2022.
O comprometimento de renda também apresentou uma diminuição de 0,1 p.p. no mês, totalizando 27,2% em outubro, representando uma queda de 0,5 p.p. ao longo dos últimos 12 meses.
(((Com informações do Portal IG)))