Os roubos e furtos de celulares registrados durante os eventos de Carnaval reduziram 48% em todo o Estado de São Paulo, na comparação com a festa do ano passado, segundo o levantamento divulgado nesta quarta-feira (14) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Neste ano, a Polícia Civil fez um detalhamento dos registros de ocorrências considerando apenas os casos em que a vítima indicou no histórico que o crime aconteceu em eventos relacionados ao Carnaval.
Conforme os dados, dentro desses parâmetros, houve a subtração de 686 aparelhos no período de 9 a 14 de fevereiro, sendo que foram 597 furtos e 89 roubos. Seguindo os mesmos critérios, na festa do ano passado, foram 1.320 delitos entre 18 e 21 de fevereiro (1.163 furtos e 157 roubos).
“Nosso planejamento estratégico teve como foco a integração entre as polícias, trabalho de inteligência e alto grau de monitoramento”, destacou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. “Mais uma vez, repetimos o sucesso na segurança do maior Carnaval de rua do mundo, o que evitou que a festa fosse palco para o crime.”
Queda geral de 9,3% nos delitos
O levantamento também aponta queda nas ocorrências gerais de roubos e furtos de celulares ao longo do Carnaval de 2024, independentemente do evento ou local em que as vítimas estavam quando os crimes aconteceram. Houve uma redução de 9,3% nos delitos em todo o Estado, em comparação ao período carnavalesco do ano passado.
A Polícia Civil recebeu 3.159 queixas relacionadas à subtração de celulares neste ano. A maior parte foi de furto, com 2.005 registros. No Carnaval de 2023, foram elaborados 3.486 boletins de ocorrências similares.
“Esse é um recado claro aos criminosos de que as festividades não serão oportunidades para roubos e furtos no Estado de São Paulo”, completou Derrite.
Reforço policial nos dias de festa
As Polícias Civil e Militar realizaram uma força-tarefa para combater os crimes durante os dias de folia. Foram empenhados cerca de 20 mil policiais para garantir a segurança em todo o Estado.
Neste ano, a Polícia Civil atuou, de forma inédita, com agentes “infiltrados” entre os foliões. O trabalho deu resultado. Nos dias de festa da Operação Carnaval, na capital paulista, 54 infratores foram presos. Os policiais recuperaram 183 aparelhos celulares e apreenderam 598 cartões bancários.
A estratégia também foi adotada pela Polícia Militar. Policiais com trajes civis circularam em meio ao público para observar atitudes suspeitas e prevenir crimes. O trabalho foi coordenado pelo Centro de Operações da PM (Copom), que montou um Gabinete de Comando e Controle, com a integração de diversos órgãos do Estado e município.
A PM, por meio do Copom, recebeu no período de Carnaval 299 chamados relacionados a furtos e roubos de celulares na capital paulista, uma queda de 68% na comparação com a folia do ano passado, quando o Copom foi acionado 955 vezes pelos foliões.
Conforme o levantamento divulgado hoje pela PM, 622 pessoas foram presas no período de festas em todo o Estado, sendo que 148 eram procuradas pela Justiça. Os policiais ainda apreenderam 47 armas e retiraram das ruas pouco mais de 600 quilos de drogas.