A Câmara Municipal de São Paulo cassou, nesta terça-feira (19), o mandato do vereador Camilo Cristófaro (Avante), por quebra de decoro parlamentar no episódio em que teve um áudio vazado no plenário da Casa usando uma frase tida como racista. O placar foi de 47 votos pela perda do mandato e 5 abstenções. Nenhum vereador votou “não”, ou seja, contra a cassação.
É a primeira vez que um vereador perde mandato por racismo na cidade de São Paulo.
A Câmara é formada por 55 vereadores. Nem Cristófaro nem a vereadora Luana Alves (PSOL), que representa a acusação, votaram no julgamento. Uma vereadora, Ely Teruel (Podemos), não compareceu.
A sessão, conduzida por Milton Leite (União), vereador e presidente da Câmara, aconteceu quase um ano e cinco meses depois do episódio, registrado em maio de 2022. Na ocasião, Cristófaro participava de uma sessão da CPI dos Aplicativos de forma remota, quando foi ouvido dizendo: “É coisa de preto”.
Veja o vídeo.
O vereador Marlon Luz (MDB) foi o relator do caso e deu parecer favorável à cassação do mandato do parlamentar à Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo por avaliar que houve quebra de decoro.
Adriano Santos é suplente pelo partido que originalmente elegeu Cristófaro, em 2020. No ano passado, o advogado criminalista chegou a assumir uma cadeira na Câmara por 30 dias, durante uma licença de Eliseu Gabriel.
(((Com informações do Portal G1)))