O esporte paralímpico tem motivos para homenagear seus atletas, já que nos dias 21 e 22 de setembro foram comemorados o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência e Dia do Atleta Paralímpico, respectivamente.
A Braskem, empresa patrocinadora do atletismo paralímpico desde 2015, celebra as datas, contando a história de vida dos atletas Raíssa Machado, 27 anos, Alessandro Rodrigo Silva, 39 anos, e Julio César Agripino dos Santos, 32 anos, que somam conquistas de sucesso na carreira esportiva.
Alessandro é natural da região do ABC Paulista, nasceu em Santo André e morou por muitos anos em Mauá-SP. Foi na sua região que começou a carreira esportiva que já dura 12 anos e foi nela que também se destacou. Mas, há cerca de seis anos, mudou-se para Taubaté, interior de São Paulo, para intensificar sua rotina de treinamentos na modalidade lançamento de disco e arremesso de peso.
O paratleta é recordista mundial e em sua trajetória já conquistou diversas medalhas paralímpicas. “Meu maior orgulho é ouvir o hino nacional tocando quando recebo uma medalha e represento meu país”, diz o atleta da categoria F11 (para competidores cegos). Segundo Alessandro, tudo na vida é possível, basta que você acredite e pense positivo.
“Quando participei da minha primeira competição, convivi com pessoas com deficiências mais graves que a minha e que estavam sempre felizes. Ali percebi que aquilo não era o fim, mas sim um novo começo. Acredito que o esporte é uma ótima alternativa para os jovens, pois além de mudar vidas e realizar sonhos, ele envolve as pessoas em um ciclo de amizade que nos inspiram a fazer o nosso melhor”, explicou o atleta.
Nascido em Itapecerica da Serra, Julio César, que também tem deficiência visual, assim como Alessandro, compete nas provas de 1.500m e 5.000m. Há 14 anos, ele se dedica à corrida e representa a seleção brasileira no esporte. Ele já passou por alguns clubes, mas atualmente treina na cidade de São Paulo, em Santo Amaro, representando o IEMA – Instituto Elisângela Maria Adriano, de São Caetano do Sul.
Julio já era atleta antes de perder parte da visão, fato que ocorreu devido ao ceratocone e a cegueira cortical, doenças que vinham dificultando sua qualidade visual desde criança. Inicialmente, o atleta resistiu em fazer uma transição para o esporte paralímpico, mas tomou essa decisão em 2016, quando concluiu que sua dificuldade não seria um obstáculo na sua carreira esportiva.
“Escolher o paratletismo e praticar esse esporte foi uma das melhores decisões da minha vida. Eu sou uma pessoa que me dedico muito, 100%, pois sei que lá na frente isso faz toda a diferença no alcance de resultados. Eu sigo dedicado e motivado em busca da classificação para as Paralimpíadas de Paris, em 2024”, exalta.
Julio acredita que além de proporcionar qualidade de vida, o esporte ensina a compartilhar e a sempre estar em uma corrente do bem, ajudando as pessoas que também sonham em ser atleta. “Eu acredito que jovens com deficiências devem entrar no mundo do esporte e acreditar que ele pode fazer a diferença em suas vidas.
Hoje, o paradesporto nacional é uma potência; temos atletas de alto nível, trazendo muitas medalhas para o Brasil e eu acredito que o esporte pode mudar vidas. Não importa quantos problemas você tem, o que importa é saber usá-los como combustível para correr atrás dos seus sonhos”, conclui Agripino.
Quem também acredita que o esporte pode fazer a diferença na vida das pessoas é a paratleta Raíssa Rocha Machado, de 27 anos, lançadora de dardo e que atualmente treina no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo.
Apesar de bem jovem, Raíssa, que nasceu com uma má formação congênita que a impediu de andar, é atleta há mais de 15 anos. “O esporte me trouxe disciplina, foco e determinação de correr atrás dos meus sonhos. Ele salvou a minha vida, me trouxe empoderamento feminino, melhorou minha autoestima, fez com que eu me aceitasse como deficiente”, explica.
“O esporte transformou a minha vida, me fez ver que ser diferente é ser único”. Raíssa acredita que o esporte a escolheu e não ela que escolheu o esporte. “As práticas esportivas me permitem representar o Brasil, trazer medalhas, bater recordes e superar os meus limites”.
A atleta acredita que PCD’s podem ser o que quiserem ser e que devem sonhar com uma carreira, seja ela qual for. “O que me motiva é mostrar para as pessoas que independente da minha cadeira eu posso ser o que eu quiser. Hoje, eu me tornei uma mulher empoderada, dona de mim mesma, empresária e uma das melhores atletas do mundo em lançamento de dardo. E isso tudo é uma inspiração”, destaca.
A Braskem e o esporte paralímpico
A Braskem patrocina o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2015 e renovou no ano passado a parceria com o atletismo paralímpico do Brasil até junho de 2026. Com isso, a companhia apoiou a participação no Mundial de Paris, realizado esse ano, em que o Brasil fez a melhor campanha da sua história – conquistando 47 medalhas e o segundo lugar na classificação geral.
E dará apoio também nas participações no Mundial de Kobe 2024, nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e os Paralímpicos de Paris 2024. Com a renovação, a empresa completará uma década de parceria com o CPB.
“A Braskem acredita no poder de transformação das pessoas e sabemos que o esporte é um impulsionador neste sentido. Temos muito orgulho em saber que nossa parceria contribui para que os atletas tenham cada vez mais oportunidades para se desenvolverem e continuem alcançando todo o seu potencial”, declarou Sylvia Tabarin, gerente de Relações Institucionais da Braskem no Sudeste.
Por meio do patrocínio, a companhia vem contribuindo para que atletas participem de um número maior de competições e recebam acompanhamento de especialistas, melhorando seus desempenhos nas pistas e nos campos de jogo.
“Acredito que quanto mais as empresas tiverem iniciativas como a Braskem, de apoiar o esporte paralímpico, todas as modalidades esportivas ganham mais visibilidade e, com isso, o movimento paralímpico ganha força para proporcionar oportunidade a outros atletas”, explicou Alessandro Silva, atleta de arremesso de peso.
O apoio proporciona também que o Comitê Paralímpico Brasileiro invista em tecnologia, equipamentos e materiais esportivos do mais alto nível destinado ao treinamento dos atletas. “É muito importante que empresas patrocinem o esporte, assim como a Braskem, que hoje tem um papel imprescindível no esporte paralímpico, na vida dos atletas e na potência que hoje somos. A participação dessas empresas permite que os atletas sonhem e realizem seus sonhos!”, concluiu a atleta Raíssa Machado.