No primeiro semestre de 2023, o preço para comer fora de casa subiu mais do que a inflação oficial do país. Um estudo realizado pela Associação Nacional dos Restaurantes (ANR) em parceria com a Future Tank mostra que o subgrupo de Alimentação fora do domicílio teve alta de 3,4% nos primeiros seis meses do ano, contra uma inflação acumulada de 2,9%.
O levantamento compara dados do próprio Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números ainda não levam em conta os resultados do IPCA de julho.
A alta do subgrupo se deve, principalmente, aos preços de lanches (0,7%) e cervejas (0,5%). As subidas são ainda mais expressivas no estado de São Paulo, onde subiram 0,9% e 0,5%, respectivamente.
São Paulo, inclusive, teve um aumento maior que a média nacional. No período, a Alimentação fora do domicílio ficou 4% maior, contra os 2,9% da média nacional. É o quarto mês consecutivo em que isso acontece, diz a associação.
Ainda assim, a ANR destaca que, mesmo com o aumento, os índices de Alimentação fora do domicílio no Brasil foram os menores “em muito tempo”, acompanhando a desaceleração da inflação da refeição e da inflação geral.
Além da alimentação, a ANR lembra que o setor de serviços tem sido o vilão dos preços nos últimos meses, com alta impulsionada por passagens aéreas (11%) e condomínio (1,7%) nacionalmente.