A diretoria da Associação dos Construtores e Incorporadores do Grande ABC, ACIGABC, comemorou os resultados do primeiro semestre de 2024 do mercado imobiliário na região. O presidente da entidade, Júlio Diaz, apresentou na sede da entidade em coletiva para a imprensa os números apontados pela pesquisa imobiliária do ABC.
Segundo Júlio, o total de lançamentos no segundo trimestre de 2024 foi de 1.730 unidades, apresentando um crescimento de 296,8% em relação ao mesmo período de 2023 com 436 unidades. No segundo trimestre de 2024, o Valor Geral de Vendas totalizou R$ 1.545,80 milhões, volume 921% maior do registrado no levantamento anterior, que foi de R$ 151,40 milhões.
Já no segundo trimestre, o VGV foi de R$ 1.213 milhões, volume 162,19% maior do registrado no levantamento anterior, que foi de R$ 461,9 milhões. O total de vendas no segundo trimestre de 2024 foi de 1.720 unidades, apresentando um crescimento de 57,5% em relação ao mesmo período de 2023 com 1.092 unidades.
Lançamentos e vendas também apresentam crescimento
De acordo com a pesquisa divulgada pela ACIGABC, o total de lançamentos no primeiro semestre de 2024 foi de 2.190 unidades, apresentando um crescimento de 29,8% em relação ao mesmo período de 2023 com 1.687 unidades. No 1° semestre de 2024, as vendas totalizaram 2.614 unidades, apresentando um crescimento de 7,48% em relação ao mesmo período de 2023 com 2.432 unidades.
De acordo com Júlio Diaz, o segmento apresentou um crescimento acentuado no período de um ano. “Entre o 2° trimestre de 2023 e o 2° trimestre de 2024, houve um crescimento significativo tanto nos lançamentos quanto nas vendas”, afirmou.
Lançamentos por cidades
Santo André liderou os lançamentos no 1° semestre de 2024, com participação de 45,70% do total lançado, seguido por São Bernardo do Campo (38,08%), Mauá (10,4%) e São Caetano do Sul (5,82%), com um total de 2.190 unidades.
De acordo com a pesquisa, São Bernardo do Campo recuperou a participação em relação ao total e Santo André se mantém com maior percentual na região. “Essa recuperação de São Bernardo se deu muito em virtude de um grande lançamento que aconteceu na cidade nesse período “, afirmou Júlio Diaz.
Estoque
O 1° semestre de 2024 totalizou um estoque de 1.257 unidades, sendo Santo André 762, São Bernardo do Campo 266, Mauá 122 e São Caetano do Sul 107. Uma queda em relação ao mesmo período de 2023 que totalizou um estoque de 1.707 unidades, sendo Santo André 666, São Bernardo do Campo 610, Mauá 126 e São Caetano do Sul 114. “Esses dados são importantes porque percebe-se que estamos conseguindo vender e os estoques estão se reduzindo”, explicou Júlio.
Mercado equilibrado
Para o vice-presidente da ACIGABC, Marcus Santaguita, o mercado está bem equilibrado. “São Bernardo estava bem atrás nas últimas pesquisas. Há cada 10 lançamentos na região, 7 vinham sendo em Santo André. Por políticas públicas, lei de ocupação de solo e plano diretor, Santo André acabou atraindo mais investimentos que São Bernardo. Agora a gente espera que uma mudança no Plano Diretor faça com que o mercado volte a crescer em São Bernardo”.
“O sentimento geral é de que o mercado está melhorando “, afirma Milton Bigucci Júnior, presidente do Conselho Deliberativo da ACIGABC. Conforme ele explica, a aprovação dos planos diretores de Santo André e São Bernardo é fundamental para o mercado se desenvolver ainda mais.
Projetos populares em baixa
Embora o maior déficit habitacional na região seja para a população de baixa renda, o vice-presidente da ACIGABC, Marcus Santaguita, explicou que faltam políticas de incentivos por parte dos governos da região. “É preciso facilitar as regras para que o mercado seja atrativo para o setor”, explicou o representante da entidade.
Para Milton Bigucci Júnior, uma das principais barreiras para a construção de moradias populares é o Poder Público não pode influenciar no mercado. “O poder público não pode nos obrigar por exemplo a colocar vagas de carros. O risco de vender ou não o empreendimento tem que ser da empresa. O poder público pode legislar sobre recuo, entre outros itens, mas não influenciar no mercado”, explicou o presidente do Conselho Deliberativo da entidade.
De acordo com a pesquisa, em Diadema o preço do metro quadrado girou em torno de R$ 7.825, Mauá R$ 6.619, Santo André R$ 9.161, São Bernardo do Campo R$ 8.730 e São Caetano do Sul R$ 9.673.