O Setembro Amarelo está terminando, mas a importância de cuidar da saúde mental deve ser permanente.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. A depressão já é considerada o mal do século e a ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros.
Especialistas da USP avaliaram que o Brasil está entre os países que mais apresentam pessoas ansiosas (63%) e depressivas (59%). A Irlanda ocupa a segunda colocação com 61% da população apresentando ansiedade e 57% depressão.
Esse quadro se agravou ainda mais entre 2020 e 2021 devido à pandemia de coronavírus em virtude do isolamento social. O estudo da USP foi realizado em 11 países. Segundo estimativas, as pessoas que ficaram desempregadas foram as mais afetadas, apresentando sintomas de depressão e de ansiedade.
No mundo, a depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades. Juntas, depressão e ansiedade custam US$ 1 trilhão para a economia mundial, de acordo com levantamento da OMS. A depressão é a causa número um de incapacidade, podendo levar o indivíduo ao suicídio. Todos os anos, mais de 800 mil pessoas com idades entre 15 e 29 anos, se matam. A doença afeta mais mulheres do que homens e pode gerar sérios problemas de saúde física.
Para discutir o tema, o ABC em OFF Podcast trouxe a psicóloga e psicanalista Priscila Redder, que trabalha no tratamento e prevenção de doenças mentais. Segundo a profissional, a terapia, a alimentação, hábitos saudáveis como práticas de esportes e momentos de socialização são aliados fundamentais para combater a depressão e a ansiedade.
Priscila trouxe para seu consultório um tratamento que associa a neuromodulação às terapias convencionais que possibilitam tratar o paciente que sofre por exemplo de síndrome do pânico e depressão de uma forma acertiva. A profissional também salientou que as mudanças bruscas de hábitos, o isolamento e a queda de autoestima são fatores importantes que podem apresentar pessoas que estão em início de depressão ou mesmo ansiedade.
Veja a íntegra da entrevista concedida aos jornalistas Andréa Brock e Leandro Amaral.